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Juíza do “#AglomeraBrasil” é afastada pelo CNJ por não comparecer ao fórum

A juíza Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, foi julgada na última terça-feira (14) pelo Conselho Nacional de Justiça. Na ocasião, a magistrada foi acusada de não comparecer ao fórum, ter excesso de processos paralisados e baixa produtividade. Em outro processo também julgado pelo CNJ, ela é acusada de publicar nas redes sociais conteúdos incompatíveis com seus deveres funcionais.

Ludmila Grilo ficou conhecida após divulgar em suas redes sociais a hashtag #AglomeraBrasil, em janeiro de 2021, e o objetivo da magistrada era defender o fim da quarentena que tivera início na Pandemia do COVID-19, no ano de 2020. Além disso, ela também ganhou notoriedade após criticar alguns ministros do Supremo Tribunal Federal.

CNJ determinou a abertura de PAD contra a juíza

No primeiro processo analisado pelo CNJ, o ministro Salomão afirmou que uma inspeção realizada na vara em que Ludmila atua apontou as seguintes irregularidades: processos parados há mais um ano; réus presos sem sentença há cinco meses; réus soltos sem audiência por longos períodos; ausência da juíza em horário de expediente durante todos os dias da semana; processos extraviados.

A magistrada, por sua vez, alegou que sua ausência no fórum ocorreu devido ao risco de vida que sofria na comarca. Ludmila afirmou perante os julgadores que tanto o CNJ quanto o TJ/MG não demonstraram apoio às duas denúncias e total desprezo com a sua integridade física, e por isso, devido a falha do Estado, coube a ela promover as medidas necessárias para assegurar a sua própria segurança.

Sobre a alegação da juíza, o ministro disse: “Parece evidente que o juiz não pode se autoconceder o benefício do trabalho remoto, como se fosse uma espécie de autarquia independente.”

Outro processo analisado pelo Conselho foi referente ao uso de suas redes sociais. Segundo o ministro, ela as usou de forma incompatível com as funções ao “criticar o processo eleitoral, desrespeitar o Judiciário e colocar em dúvida a segurança das vacinas contra a covid

Para o ministro Salomão, a conduta de Ludmila feriu os artigos 35 e 36 da LOMAN (Lei Orgânica da Magistratura), bem como o Código de Ética dos Magistrados.

Com esse entendimento, o ministro votou pela abertura de processo administrativo disciplinar contra a juíza Ludmila Lins Grilo. A decisão foi acompanhada de forma unânime pelos demais integrantes do CNJ.

Fonte: Migalhas

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