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Arrependido? Veja como foi o julgamento do peruano acusado de matar duas brasileiras no Japão

Peruano condenado à prisão perpétua pelo assassinato de duas irmãs brasileiras no Japão

O peruano Edgard Anthony la Rosa foi condenado à prisão perpétua quase 10 anos após assassinar as irmãs sul-mato-grossenses Akemy e Michelle Maruyama em um ataque brutal no Japão. Edgard, que não aceitou o fim do relacionamento com Akemy, incendiou o apartamento onde as irmãs moravam depois de estrangulá-las. O veredicto foi proferido em uma audiência realizada no Tribunal Distrital de Nagoya, no Japão.

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Detalhes da audiência e justificativas para a condenação

De acordo com uma fonte que pediu anonimato, durante a audiência, Edgard permaneceu impassível e não mostrou nenhum sinal de arrependimento pelo crime brutal. A promotoria japonesa apresentou várias razões para a pena severa, citando a frieza do condenado durante todo o julgamento e sua falta de cooperação com a polícia desde o início das investigações.

A promotoria também destacou provas, como mensagens entre Edgard e Akemy, que mostraram que ele estava insatisfeito com o fim do relacionamento e queria reatar, mas Akemy recusou. Além disso, foi apresentada evidência de que Edgard havia comprado passagens para a família ir à Disneyland, demonstrando suas tentativas manipulativas de reatar o relacionamento, mesmo contra a vontade de Akemy.

Em uma audiência realizada na última terça-feira (27), a defesa de Edgard esteve presente no Tribunal de Tóquio. A promotoria alegou que, durante o julgamento, a defesa do réu tentou alegar insanidade. No entanto, um laudo médico emitido por um psiquiatra descartou essa possibilidade, como relembrou uma pessoa ouvida pelo portal.

A promotoria também refutou a possibilidade de uma terceira pessoa ter cometido o crime. Para isso, o MP se baseou nos horários em que os vizinhos acionaram o Corpo de Bombeiros de Handa e comparou com o horário da última localização marcada pelo iPad de Edgard no apartamento, segundo a mesma fonte.

O assassinato de Michelle e Akemy

As irmãs Maruyama, naturais de Campo Grande (MS), tinham se mudado para o Japão em busca de melhores condições de trabalho e vida para seus filhos e família. Elas estavam vivendo em Handa, na província de Aichi, quando foram brutalmente assassinadas em dezembro de 2015.

Os corpos de Michelle e Akemy foram encontrados carbonizados após um incêndio ter destruído o apartamento onde moravam. No entanto, a investigação posterior revelou que as irmãs foram estranguladas antes do incêndio criminoso ser iniciado.

O futuro das filhas de Edgard e Akemy

As duas filhas de Edgard e Akemy, que tinham 6 e 8 anos na época do crime, foram levadas para um abrigo na cidade de Handa e, depois de uma longa batalha legal, foram entregues à avó materna, Maria Aparecida Maruyama, em 2018. Hoje, as meninas, que agora têm 12 e 14 anos, vivem no Brasil com os cuidados da avó.

Redação

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