Júri popular decidirá destino de acusados em assassinato de indigenista e jornalista no Amazonas
Os acusados pelos assassinatos do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips foram encaminhados para júri popular após o juiz Claudio Gabriel de Paula Saide da Justiça Federal do Amazonas rejeitar as alegações de “legítima defesa” e “cerceamento de defesa”. Os suspeitos, Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima estão envolvidos no crime ocorrido em junho de 2022, quando Pereira e Phillips visitavam comunidades indígenas na Terra Indígena do Vale do Javari.
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Os assassinatos
O assassino confesso, conhecido como “Pelado”, admitiu que os corpos das vítimas foram esquartejados, incendiados e enterrados após os disparos à queima-roupa. A defesa dos réus argumentava que os acusados não tiveram a oportunidade de se defender durante as investigações e que houve falta de fundamentação, análise e exame das teses defensivas.
Apesar dessas alegações, as provas fornecidas pela investigação policial foram consideradas suficientes pelo juiz Claudio Saide. Agora, o júri popular será responsável por preceder o julgamento e decidir se os réus são culpados ou inocentes.
A gravidade do crime e as circunstâncias do assassinato foram fatores determinantes para a decisão. Os advogados da defesa haviam tentado reduzir a gravidade do crime alegando que os acusados agiram em “legítima defesa”. A intenção era que o crime fosse rotulado como homicídio simples, que carrega uma pena menor.
Júri popular
A data para o júri popular ainda não foi definida pela Justiça do Amazonas. Este caso delicado deve ser acompanhado de perto para garantir que a justiça seja feita de maneira justa e imparcial. Quanto às vítimas e suas famílias, só podemos esperar que a verdade seja revelada e que a justiça seja servida.