Justiça arquiva inquérito do assassinato de Toninho do PT por prescrição do crime

A morte de Toninho do PT, ex-prefeito de Campinas, que ocorreu em 2001, estava sendo investigada mas o inquérito acabou sendo arquivado pois prescreveu com a demora para a propositura da ação.

O juiz José Henrique Torres tomou a decisão na quarta-feira, 16 de novembro, após um ano julgando a prescrição do caso, que fez 20 anos em setembro de 2021. 

Segundo a lei, mesmo que se encontre um culpado pela morte de Toninho, ele não será mais punido, pois esgotou o tempo para o Estado denunciar o réu.

O juiz José Henrique Torres decidiu que só a história poderá desvelar o criminoso.

“Infelizmente, caberá apenas à história desvelar os fatos em toda a sua inteireza, revelando os autores, partícipes e mandantes desse hediondo crime que infelicitou o nosso Estado de Direito Democrático.”

A decisão marcou a despedida do magistrado da comarca em que o processo tramitava.

Família de Toninho acionou a Organização dos Estados Americanos para investigar possível omissão do Brasil

A família chegou a acionar a Organização dos Estados Americanos (OEA), para o Brasil ser punido por omissão, já que não chegou a uma conclusão do caso. 

A denúncia foi encaminhada para Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). A análise sobre a admissão deve ocorrer até dezembro deste ano.

O Ministério Público, apesar de encontrar uma figura suspeita, que morreu um mês depois do assassinato, não há elementos que provem que tenha sido um crime político.

Como ocorreu a morte de Toninho do PT em 2001

Antônio da Costa Santos exercia o cargo de prefeito de Campinas quando foi morto a tiros às 22h20 do dia 10 de setembro de 2001. Toninho estava no cargo havia apenas oito meses e dez dias quando foi assassinado

Um inquérito policial concluiu que o prefeito, durante viagem de carro, foi morto por ‘atrapalhar o trânsito’ de um bando de criminosos. 

Foram efetuados três tiros contra o prefeito, um deles atingindo Toninho na artéria aorta e o matando instantaneamente. Apesar disso, a família seguiu investigando o caso.

Fonte: O Antagonista