Justiça determina transferência de Sérgio Cabral para Bangu
A Justiça do Rio de Janeiro determinou a transferência do ex-governador Sergio Cabral e de outros cinco presos da Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói (RJ), para a Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, unidade de segurança máxima, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Segundo o magistrado, os detentos estavam tendo tratamento diferenciado.
De acordo com o juiz Bruno Monteiro Rulière, durante a inspeção realizada pela Vara de Execuções Penais foram apreendidos celulares e outros materiais proibidos com os presos, além de ter sido constatado tratamento diferenciado ao grupo alocado na ala dos oficiais. Em trecho da decisão, o magistrado explicou:
Essa situação acaba por revelar, ainda que de forma momentânea, a inadequação da permanência destes presos na Unidade Prisional da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que se cuida de estabelecimento penal militar que apresenta ambiência absolutamente diversa das demais unidades prisionais do estado.
O juiz ressaltou ainda que os fatos constatados nas inspeções judiciais indicam quadro de gravíssimas irregularidades e falhas grosseiras nas rotinas de controle, ordem, disciplina e segurança da unidade prisional da PM.
A defesa de Sérgio Cabral criticou a decisão do magistrado, nos seguintes termos:
É com absoluta perplexidade que recebemos a informação, pela imprensa, da decisão de transferência do ex-governador para um presídio de segurança máxima sem haver, sequer, um processo administrativo disciplinar para elucidação dos fatos narrados. Como se não bastasse, o descumprimento dessa garantia básica impediu a defesa de ter acesso formal às informações veiculadas, apesar dos pedidos dirigidos ao juízo prolator da decisão, bem como as razões que embasam e justificam tal determinação.
A defesa afirmou que irá recorrer da decisão, pois entende que o ex-governador e os militares que também foram transferidos correm sério risco de vida e à integridade física ao serem colocados em um presídio ocupado por pessoas que eles prenderam ou que foram presas em suas gestões.
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