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Justiça do DF bloqueia bens de 40 presos que depredaram a Praça dos Três Poderes

Após pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), a Justiça do Distrito Federal determinou o bloqueio de bens de 40 presos em flagrante por atos antidemocráticos no episódio da invasão na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília. 

Após pedido da AGU, justiça bloqueia bens de 40 presos dos atos antidemocráticos

Até o momento, são quase 100 envolvidos no episódio de violência na capital federal, sendo 92 pessoas e sete empresas com bens bloqueados por possível participação ou financiamento com a invasão aos principais prédios públicos do país. 

Ainda há, no entanto, um pedido cautelar de bloqueio de bens impetrado pela AGU na última sexta-feira, que abrange outros 42 presos em flagrante, mas que ainda carece de análise da Justiça. 

A ação do órgão visa assegurar o ressarcimento aos cofres públicos dos custos de recuperação dos bens destruídos pelos manifestantes, em caso de condenação definitiva dos supostos envolvidos. 

A estimativa é de que sejam necessários R$ 18,5 milhões para que a reparação da Praça dos Três Poderes seja custeada e, somente de veículos de pessoas e empresas possivelmente envolvidas no caso, já somam-se R$ 4,3 milhões bloqueados.

Em sua decisão, o juiz federal Francisco Alexandre Ribeiro ressaltou que a União anexou ao processo as cópias dos autos de prisão.

“Fortes indícios, portanto, de que os referidos réus tenham participado dos atos […] que culminaram na invasão e na depredação multitudinária das sedes oficiais dos Três Poderes da República, razão por que é absolutamente plausível a tese da União de que eles concorreram para a consecução dos vultosos danos ao patrimônio público, sendo passíveis, portanto, da bastante responsabilização civil, nos termos dos artigos 186, 927 e 942 do Código Civil.”

Fonte: Conjur

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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