Justiça italiana condena Robinho por violência sexual
A Corte Italiana confirmou nesta última quarta-feira (19) a condenação de Robson de Souza, mais conhecido como Robinho, pelo crime de violência sexual de grupo a uma pena de nove anos de prisão, além de uma indenização de 60 mil euros (cerca de R$ 372 mil na cotação atual). Os advogados do futebolista tinham apresentado o último recurso cabível, que foi negado.
Robinho foi denunciado na justiça da Itália como incurso no crime de participação de duas ou mais pessoas reunidas para o ato de violência sexual, que consiste em forçar alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade “física ou psíquica”.
No caso, uma mulher acusou Robinho e outros de terem a embriagado e depois abusado sexualmente dela enquanto estava inconsciente. Segundo a vítima, foram um total de seis homens. A defesa do jogador afirma que a relação consensual foi consentida e não houve outros envolvidos.
Segundo a justiça italiana, o crime aconteceu em uma conhecida boate de Milão em janeiro de 2013. Além de Robinho, que à época era um dos principais jogadores do Milan, outros cincos brasileiros, amigos do jogador, também participaram do crime.
A primeira condenação aconteceu em novembro de 2017, e na sentença foram transcritos trechos de uma interceptação realizada. Foram instaladas escutas até mesmo no carro de Robinho, e, em uma das conversas gravadas, ele teria dito “a mulher estava completamente bêbada”.
Em segunda instância, a Corte de apelação confirmou a condenação e destacou que a vítima foi “brutalmente humilhada”. A defesa do jogador apelou novamente para o tribunal Italiano equivalente ao STF no Brasil, e mais uma vez teve a condenação confirmada. No total, mais de quinze juízes analisaram o caso.
Atualmente Robinho mora no Brasil e, embora tenha sofrido condenação, por ser brasileiro não pode ser extraditado. Além disso, o Brasil e a Itália assinaram um tratado de cooperação judiciária criminal no ano de 1989 que não prevê a possibilidade de uma sentença italiana ser cumprida no Brasil. O jogador retornou ao Brasil em 2014, quando já havia sido chamado para depor perante a polícia italiana após o seu sêmen ser encontrado na roupa da vítima.
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