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Justiça Militar começa a enviar ao STF processos de militares envolvidos nos ataques de 8/1

A decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a competência da Corte de julgar militares envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro é apoiada pelo próximo presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Francisco Joseli Parente Camelo.

Em entrevistas a veículos de imprensa, ele elogiou o posicionamento do magistrado e destacou que a determinação está bem amparada constitucionalmente. 

“Li e reli a decisão do ministro Alexandre de Moraes e entendi que está muito bem fundamentada. Não vejo, no geral, que tenham sido crimes militares.”

Após Moraes decidir que cabe ao STF julgamento de militares envolvidos no 8/1, Justiça Militar remete investigações preliminares e processos

Na segunda-feira, o ministro do STF decidiu que cabe à Suprema Corte julgar os militares envolvidos na investigação dos atos antidemocráticos que culminaram na depredação dos prédios dos Três Poderes.

Na terça, 24 horas após o pronunciamento de Moraes, a Justiça Militar começou a remeter as investigações preliminares e os processos em fase de instrução que envolvem a participação de militares nos ataques. São 17 procedimentos abertos para apurar a conduta dos participantes do episódio.

São casos que vão desde o envolvimento de oficiais da reserva, até situações em fase inicial de investigação que apura participação ou leniência do ex-comandante do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) nos atos.

Segundo a decisão de Moraes, a Justiça Militar e a União não estão aptas para deliberar a respeito da conduta dos investigados. A ordem atendeu a um pedido da Polícia Federal, que solicitou o reconhecimento do poder do STF para julgar as ações. 

Segundo a corporação, militares ouvidos na quinta fase da Operação Lesa-Pátria “indicaram possível participação/omissão dos militares do Exército Brasileiro, responsáveis pelo Gabinete de Segurança Institucional e pelo Batalhão da Guarda Presidencial”.

Fonte: CNN

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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