Justiça recusa liminar e mantém prisão de 5 réus acusados do assassinato de ganhador da Mega-Sena
O Tribunal de Justiça do Estado (TJSP) negou um pedido liminar em Habeas Corpus impetrado em favor de um dos suspeitos de matar Jonas Lucas Alves Dias, ganhador da Mega-Sena. A defesa que impetrou o HC argumentou que o réu está em prisão preventiva desde 11 de novembro e sequer foi realizada a audiência de instrução e julgamento.
Na decisão, o relator do Habeas Corpus, desembargador Marcelo Gordo, negou o pedido liminar entendendo que é necessário mais tempo para analisar o caso:
“Como sabido, a alegação de excesso de prazo merece análise tendo-se em conta o princípio da razoabilidade, motivo pelo qual somente ao final poder-se-á decidir acerca de sua existência“, argumentou o desembargador.
Por sua vez, a defesa responsável pelo pedido de Habeas Corpus informou, por meio de nota, que o objetivo é acelerar a realização da audiência de instrução referente ao caso:
“Trata-se de HC por excesso de prazo para formação da culpa para que o juiz marque audiência de instrução criminal, eis que as investigações já foram encerradas. Portanto no HC não foi pedido liberdade e sim agilidade para marcar audiência“, disse a advogada por meio de nota.
Relembre o caso de Jonas Lucas, ganhador da mega-sena que acabou sendo morto
Jonas Lucas, ganhador de R$ 47,1 milhões da Mega-Sena, foi encontrado com sinais de espancamento às margens da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), em Hortolândia. Ele chegou a ser socorrido, mas veio a óbito no hospital no dia 14 de setembro.
Segundo as investigações, ele saiu de casa na manhã do dia 13 de setembro de 2022 para fazer uma caminhada, como já era de costume, levando apenas carteira e documentos. Durante o caminho, ele foi abordado pelos criminosos e passou cerca de 20 horas no poder deles, que retiraram R$ 20,6 mil de sua conta, por saques e PIX, antes de abandoná-lo na rodovia.
Além do valor levado pelos criminosos, a polícia apurou que eles tentaram realizar uma transferência de de R$ 3 milhões, mas não obtiveram sucesso.
Luquinha, como era conhecido, tinha um núcleo familiar pequeno e restrito, uma vez que não era casado nem tinha filhos. Ele morava apenas com os irmãos, e os pais já tinham falecido.
Os amigos da vítima relataram que ele tinha uma vida muito simples, e que apesar de ter sido aconselhado várias vezes a se mudar de bairro e procurar um condomínio fechado, ele acreditava que nada aconteceria e seguiu com a sua rotina normal.
Fonte: G1