Justiceiros da Fronteira: rapaz executado era fugitivo da polícia
Mateo Martínez Armoa, de 21 anos, que foi executado com mais de 35 tiros junto com sua namorada Anabel Centurion Mancuelo, de 22, em uma choperia na cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, vizinha da brasileira Ponta Porã (MS), era fugitivo da polícia paraguaia desde 2018 por roubo grave.
A informação corrobora o bilhete deixado junto ao corpo de Mateo, que falava sobre possíveis roubos cometidos por ele. O bilhete foi assinado por “Justiceiros da Fronteira”.
Segundo o serviço de segurança do Paraguai, as investigações sobre o caso do casal prosseguem, mas não haveria indício da participação de Anabel em algum crime.
De acordo com o delegado Clemir Vieira, que comanda a Polícia Civil em Ponta Porã, a maioria dos casos de execução na linha de fronteira acontecem do lado paraguaio e, por este motivo, as investigações ficam restritas ao país vizinho.
Para o delegado, “coincidentemente, a maioria [dos executados] tem antecedência em crimes contra o patrimônio” e, apesar de Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero (Paraguai) serem separadas por apenas uma rua, falta troca de comunicação entres as polícias de ambos os países
O delegado disse que, até o momento, não recebeu nenhuma informação sobre as mortes que aconteceram em Pedro Juan Caballero.
Em maio deste ano, um outro homem foi executado com tiros de fuzil entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. Também em maio, na cidade paraguaia de Yby Yaú, no departamento de Concepción, próximo a linha internacional de Pedro Juan Caballero, com Ponta Porã, no sul de Mato Grosso do Sul, outros três homens foram mortos a tiros e os suspeitos pelos assassinatos colocaram cartazes de alerta sobre os corpos com as palavras “não roubem”.
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