‘Lutou pelo direito de morrer’: conheça o caso sombrio de Karen Ann Quinlan

A vida e o trágico fim de Karen Ann Quinlan e a polêmica sobre eutanásia

Uma história angustiante sobre uma jovem mulher, Karen Ann Quinlan, que marcou a discussão sobre a eutanásia nos Estados Unidos, na segunda metade do século XX. Nascida em 1954 na Pensilvânia, EUA, foi adotada por Joseph e Julia, uma família de católicos devotos romanos.

Apesar de uma vida comum, e um modesto trabalho em uma empresa de cerâmicas, a jovem buscava novas oportunidades, e para isso, iniciou uma dieta radical que comprometeu sua saúde. Além disso, passou a se medicar com Valium, sedativo contra ansiedade, que atuou de maneira prejudicial ao seu organismo já debilitado.

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E o trágico desfecho caso Karen Ann Quinlan

Após um episódio de mistura de bebidas alcoólicas com Valium, Karen entrou em coma, condicâo da qual nunca saiu. Por nove dias, permaneceu internada imóvel na clínica, sem apresentar qualquer melhora. Devido à paralização de sua respiração por um prolongado período, foi constatado danos cerebrais irreversíveis.

Uma Batalha Judicial. A Morte é um Direito?

A família de Karen solicitou o desligamento dos equipamentos que mantinham a jovem viva. Porém, esse pedido foi negado pelos tribunais que categorizaram o desligamento dos aparelhos como um ato de homicídio. Mas os Quinlans, em sua defesa alegaram: “Nós apenas pedimos para colocá-la de volta em um estado natural, para que ela possa morrer no tempo de Deus”.

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O Fim

Karen faleceu em 11 de junho de 1985, aos 31 anos, vítima de uma pneumonia e insuficiência respiratória. Não foi pela decisão dos tribunais, mas foi a decisão que a natureza tomou, poupando a jovem do sofrimento e conflito jurídico envolvendo seu caso.

A história de Karen Ann Quinlan é um marco na discussão sobre a ética do fim da vida e continua a inspirar discussões sobre a eutanásia em todo o mundo.