Leandro Boldrini tem presença confirmada no 3º dia de júri desta quarta-feira
O plenário do Tribunal do Júri que está julgando Leandro Boldrini, acusado de matar o filho de onze anos, Bernardo Boldrini, em abil de 2014, inicia nesta quarta-feira (22) o seu terceiro dia de sessão e contará com a presença do réu.
O terceiro dia do júri se iniciou no fórum da cidade de três passos por volta das 9 horas, e prevê a oitiva das demais testemunhas. Até o momento, foram arroladas 10, mas só quatro haviam sido ouvidas nos dois primeiros dias do julgamento.
Leandro Boldrini comparece ao terceiro dia de julgamento
O segundo dia de julgamento foi marcado pela ausência de Leandro, que chegou a comparecer ao fórum, mas precisou de atendimento médico e foi dispensado.
Na ocasião, o tribunal do júri ouviu como testemunhas a delegada regional Cristiane Braucks; a ex-secretária do consultório de Leandro, Andressa Wagner; e uma vizinha do réu, Juçara Petry.
Para o advogado de Boldrini, a oitiva das testemunhas em questão reforça “a certeza de que Leandro não tem participação na morte do filho”
“As delegadas de polícia falam em contexto probatório, porém não conseguem destacar um elemento idôneo que dê segurança quanto à participação do pai“, destacou o advogado.
A primeira a depor foi a delegada Cristiane Braucks que contou os detalhes da investigação e relatou que o indiciamento do pai foi motivado pela “cumplicidade dele com a companheira, os relatos de testemunhas, o receituário utilizado para compra do sedativo e um suposto acordo para inocentá-lo.”
Já a ex-secretária do consultório de Leandro Boldrini disse que o médico não era de demonstrar emoções, mas que a relação dele com Bernardo aparentava ser boa.
Por fim, a ex-vizinha da família, Juçara Petry, disse que considerava Bernardo como um filho e o acolheu por diversas vezes em sua casa, e que era ela e seu esposo quem ajudavam o menino nas atividades escolares e nos cuidados com a apresentação e higiene pessoal.
Juçara relatou ainda uma fala de Bernardo que demonstrava a falta de atenção que o menino recebia em casa, segundo a vizinha ele disse que não participaria da primeira comunhão pois o pai e a madrasta iam viajar e não tinha ninguém para ir com ele. Além disso, o menino teria falado que precisava de uma camisa branca para o evento, e que ninguém tinha adquirido para ele.
A vizinha disse que ela e o marido providenciaram a peça de roupa e, no dia do evento, foi ela quem entregou a vela para Bernardo na celebração, e que ninguém se identificou como familiar do menino na ocasião. Depois da celebração religiosa, Juçara afirma que Bernardo tentou por diversas vezes contato telefônico com o pai, Leandro Boldrini, mas que ele não atendeu a criança em nenhuma das ligações.
‘Muitas vezes a gente pegava o Bernardo chorando, porque ele ligava e eles [Leandro e a madrasta] não atendiam”, relembrou a vizinha que se emocionou em vários momento do seu depoimento.
Fonte: G1