Caso Bernardo: Leandro Boldrini vai para regime semiaberto após 9 anos de prisão
Leandro Boldrini Ganha Regime Semiaberto Após Nove Anos do Caso Bernardo
No ano de 2023, nove anos após o fatídico assassinato de seu filho Bernardo Uglione Boldrini, o médico Leandro Boldrini, ainda envolto em complexos processos jurídicos que evitam sua condenação definitiva, ganha a progressão para o regime semiaberto.
De acordo com a decisão da juíza Sonáli da Cruz Zluhan, Boldrini agora estará sob monitorização eletrônica, preso em sua própria casa. A medida foi efetuada recentemente, na sexta-feira, 14 de Julho.
Sob quais condições Boldrini permanecerá no regime semiaberto?
Várias condições foram estipuladas para que o médico possa usufruir do regime semiaberto. Primeiro, Boldrini deverá permanecer em sua residência entre as 20h e 06h. A área permitida para monitorização eletrônica será a cidade onde reside, incluindo os trajetos entre sua casa e lugar de trabalho. Além disso, os dias em que pretende realizar saídas temporárias deverão ser informados previamente à SUSEPE (Superintendência dos Serviços Penitenciários).
Boldrini deverá também atender aos contatos do profissional que supervisiona o seu monitoramento eletrônico e acatar as orientações fornecidas, além de comunicar imediatamente qualquer defeito ou falha no equipamento de monitoramento eletrônico.
A decisão do semiaberto e as próximas etapas para Boldrini
A análise jurídica também permite que Boldrini, no prazo de 30 dias, possa comprovar a realização de atividade laboral lícita. Desta forma, será redefinida a zona de inclusão, possibilitando que o acusado-preso se desloque para o local de trabalho durante o respectivo horário.
Entretanto, o Ministério Público do RS irá recorrer da decisão. Portanto, a possibilidade de Boldrini permanecer no mencionado regime ainda está em aberto, já que o recurso está em trâmite.
A longa pendência de justiça para o caso envolvendo o assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, de apenas 11 anos, continua a causar forte impacto social. É mais um importante exemplo da necessidade de se ter celeridade nos processos judiciais e de como esses casos podem perdurar por anos a fio.