Lei Maria da Penha: conheça 5 mitos sobre a lei criada para combater a violência doméstica
Desmistificando a lei Maria da Penha: 5 mitos comuns sobre a legislação contra a violência doméstica
A Lei Maria da Penha, implementada em 2006, revolucionou o combate à violência doméstica no Brasil, tornando-se um marco na proteção dos direitos das mulheres. No entanto, mesmo após 17 anos de sua vigência, ainda existem vários mitos e desinformações circulando sobre esta legislação. Esses mitos não só distorcem a realidade, mas também prejudicam a luta contra a violência de gênero. Vejamos cinco desses mitos e a verdade por trás deles:
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Mito da condenação automática de homens inocentes
Um dos equívocos mais comuns é acreditar que homens podem ser condenados apenas com base na palavra da vítima. No entanto, isso confunde as medidas protetivas – que são decisões judiciais para proteger a vítima – com o processo penal, que exige provas e um julgamento completo para uma condenação.
Mito da prisão como única resposta
Muitos acreditam que a Lei Maria da Penha sempre resulta na prisão do agressor. Na verdade, a lei abrange uma variedade de medidas, incluindo ações educativas e a reeducação de agressores, além de medidas protetivas de urgência para proteger as vítimas.
Mito das denúncias falsas de vingança
Existe uma noção equivocada de que mulheres usam a lei para se vingar de homens através de falsas denúncias. Contrariando essa crença, estudos mostram que a grande maioria das vítimas de violência doméstica não denuncia seus agressores por medo ou descrença no sistema de justiça.
Mito da impossibilidade de retirar a queixa
Outra desinformação é que uma vez feita a denúncia, a vítima não pode desistir do processo. A realidade é que, dependendo do tipo de crime, a vítima pode sim retirar a queixa, especialmente em casos que dependem de sua representação.
Mito sobre o caso de Maria da Penha Fernandes
Há desinformações circulando sobre o caso que inspirou a lei, sugerindo que a história de Maria da Penha não foi completamente ouvida. Na verdade, seu caso passou por um longo processo legal, e só foi resolvido após a intervenção da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
A Lei Maria da Penha representou um avanço significativo na proteção das mulheres contra a violência doméstica. É crucial desmistificar esses equívocos para que a lei possa ser aplicada de forma mais eficaz e para que a sociedade compreenda melhor seu papel e importância na luta contra a violência de gênero.