O que se sabe até agora sobre a ‘Lista do Massacre’ que está assustando estudantes de todo o país
Um vídeo de 8 segundos mostra uma jovem oriental rindo com suas amigas ao fundo, mas a mensagem escrita na imagem “inocente”, pode influenciar negativamente a mentalidade de milhares de adolescentes em várias cidades do Brasil e principalmente em Minas Gerais.
Leia mais:
Amor Infrator: A Inesquecível História de Bonnie e Clyde, o Casal Criminoso Mais Famoso dos EUA
O maior erro judiciário da História: as nulidades no julgamento de Jesus Cristo
O texto, intitulado “Lista do Massacre”, contém cinco “possíveis estados” e 35 cidades mineiras que podem ser alvo de massacre em escolas. O texto foi escrito com números no lugar de algumas letras para evitar a censura das redes sociais.
No domingo de Páscoa, a publicação recebeu 61 mil curtidas e 18 mil comentários de adolescentes temerosos no TikTok em apenas 10 horas. O texto também sugeriu que o possível massacre, referido como “Ma.”, pode acontecer em 10 ou 20 de abril.
O vídeo está sendo compartilhado entre adolescentes de todas as idades e escolas na região. A jovem acredita que quem compartilhou o vídeo não tinha a intenção de gerar medo, mas sim de alertar. Ela recomenda bloquear quem compartilhou o vídeo por maldade.
A reportagem tentou obter um posicionamento da Secretaria de Estado de Educação (SEE), mas, até o momento em que o artigo foi publicado, não obteve resposta.
A equipe de assessoria de imprensa do TikTok também foi questionada sobre a postagem, porém, ainda não se manifestou.
De acordo com Jorge Tassi, advogado criminalista e pesquisador em segurança pública, o maior perigo dessa postagem circular entre os adolescentes é a influência que ela exerce sobre eles. Ele destaca que, mesmo que a pessoa não tenha inicialmente interesse no assunto, a ideia transmitida pode atrair aqueles que enfrentam dificuldades emocionais, como ansiedade, estresse e depressão.
Especialistas acreditam que o jovem que se envolve em um massacre pode estar passando por um sofrimento mental
De acordo com o especialista, é crucial monitorar postagens desse tipo e investigar sua origem, para responsabilizar o autor.
Essas ideias podem ser internalizadas por pessoas que têm dificuldades em lidar com suas emoções. O jovem que se envolve em um massacre provavelmente está passando por um sofrimento mental e precisa de ajuda.
Ele acredita que as redes sociais devem ser obrigadas a remover esses tipos de conteúdos, pois são indutores de crimes de massacre. Embora essa medida seja vista como censura, ele considera correto retirar qualquer coisa que possa incentivar a violência.
Fonte: O TEMPO