Pânico em Minas Gerais: “Lista do Massacre” amedronta pais e professores
No mês passado, ocorreram mais de 70 casos de ameaças de tiroteios em escolas em Minas Gerais, causando preocupação entre pais e professores.
Recentemente, no último domingo, um vídeo curto de apenas 8 segundos começou a circular nas redes sociais, mencionando cinco estados e 35 cidades mineiras que poderiam ser alvos de massacres em escolas, incluindo Belo Horizonte, Uberlândia, Ouro Branco, Montes Claros e Ponte Nova, o que deixou muitas pessoas alarmadas e tensas.
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Um vídeo publicado no TikTok obteve 61 mil curtidas e 18 mil comentários em apenas 10 horas. O conteúdo do vídeo continha códigos que permitiriam evitar a regulação da rede social e evitar a exclusão da publicação.
O vídeo afirmava que massacres em escolas poderiam acontecer nos dias 10 ou 20 de abril
Além disso, o vídeo afirmava que massacres poderiam acontecer nos dias 10 ou 20 de abril, o que gerou pânico entre adolescentes e levou muitas escolas em Ponte Nova a tornarem opcional a ida dos alunos às aulas nesta segunda-feira. Essa situação tem sido bastante discutida e debatida.
Jorge Tassi, um advogado criminalista e pesquisador em segurança pública, ressalta que o grande problema das postagens desse tipo circulando entre adolescentes é o poder da ideia por trás delas.
Ele alerta que, mesmo que uma pessoa não tenha inicialmente interesse no assunto, ao se deparar com essas postagens, indivíduos que enfrentam problemas emocionais, como ansiedade, estresse e depressão, podem se sentir conectados à ideia.
Para Tassi, é fundamental que essas postagens sejam monitoradas e que a origem delas seja investigada, de forma que o autor possa ser responsabilizado. Ele explica que essas ideias podem ser internalizadas por pessoas que têm dificuldade em lidar com suas emoções, e jovens que se envolvem em ocorrências como massacres estão passando por sofrimento mental e enfrentando dificuldades.
O especialista conclui que é necessário tomar medidas para prevenir que essas ideias perigosas se espalhem entre adolescentes vulneráveis.
O advogado em questão, declarou que as redes sociais deveriam ser obrigadas a remover conteúdos que incitam ao crime, mesmo que isso possa ser considerado uma forma de censura. Ele fez essa afirmação após um ataque em uma creche em Blumenau, Santa Catarina, no qual quatro crianças foram mortas e cinco ficaram feridas.
O agressor tem histórico criminal e usou uma machadinha no ataque. O massacre ocorreu pouco depois de uma professora ser morta a facadas por um aluno em São Paulo, que também havia enviado mensagens com fotos de armas aos seus colegas.
Fonte: Portal da Cidade