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Apresentador absolvido por uso de expressão racista contra Ludmilla

Você ouviu falar sobre o caso do apresentador Marcão do Povo e a cantora Ludmilla? Deixa eu te contar um pouco mais sobre o que aconteceu e como a Justiça brasileira se posicionou a respeito.

Qual foi o episódio envolvendo Ludmilla e Marcão do Povo?

O Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) havia proposto ação criminal pelo fato de, em 2017, Marcão do Povo ter chamado Ludmilla de “pobre macaca” durante um programa de televisão. Eles comentavam um boato de que a cantora não gostava de tirar fotos com os fãs. A situação tomou maiores proporções nas redes sociais e Ludmilla, é claro, acabou se sentindo ofendida.

Apesar do comentário impróprio e do constrangimento causado, o juiz Omar Dantas Lima, da 3ª Vara Criminal de Brasília, entendeu que a expressão “pobre macaca” foi usada como crítica à Ludmilla, sem configurar injúria (artigo 140 do Código Penal). Dessa forma, Marcão do Povo foi absolvido na esfera criminal.

Como a defesa do apresentador argumentou?

Segundo o advogado Rannieri Lopes, que representa Marcão do Povo, seu cliente sempre acreditou na sua inocência, pois utilizou uma expressão regional de Goiás, sem teor racista. Na sequência do programa, Marcão teria mencionado que já havia sido “pobre macaco” também.

Como ficou a situação no campo cível?

O juiz Omar Dantas Lima ressaltou que sua decisão criminal não impede Ludmilla de buscar reparação na esfera cível pelos danos sofridos. Inclusive, o advogado de Ludmilla, Felipe Rei, tem a intenção de representá-la no recurso em segunda instância, atuando como assistente de acusação.

Ludmilla e Marcão do povo
Imagem: sbt

Qual foi a reação de Ludmilla?

Quando soube da decisão, Ludmilla se manifestou em suas redes sociais, mostrando indignação e vontade de continuar lutando pelo caso:

“Ontem foi mais um dia difícil na vida de quem luta contra o preconceito. Surpreendentemente, mesmo após a utilização dos termos ‘pobre e macaca’ contra mim, o juízo da 3ª Vara Criminal de Brasília entendeu que não houve, por parte do apresentador Marcão do Povo, a intenção de ofender (?!). Pois eu digo: ofendeu, sim. Como pode? Eu, quieta na minha, do nada vem um racista me atacando em rede nacional. Não podemos descansar até que seja feita justiça”.

Por enquanto, aguardamos a posição do Ministério Público do Distrito Federal para saber se recorrerão da decisão e também o andamento da esfera cível, na qual Ludmilla poderá buscar reparação pelos danos sofridos.
Vale lembrar a importância de uma linguagem respeitosa nos meios de comunicação, evitando expressões inadequadas, mesmo que regionalmente aceitas.

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