Lula pede ao TSE remoção de propaganda que o associa ao crime
A equipe de campanha do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva entrou com um total de 18 ações contra o presidente Jair Messias Bolsonaro, candidato a reeleição presidencial. Das 18 ações, 12 foram pedidos de direito de resposta e representações eleitorais questionando inserções em rádio e TV de programas eleitorais de Bolsonaro, que associam a imagem de Lula com criminosos.
Defesa de Lula
A defesa do candidato a presidência da República alega nas ações impetradas perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que a campanha de Jair Bolsonaro quer ligar Lula a presos, quando afirma que, nas penitenciárias de todo o Brasil, o petista teria sido o candidato com maior votação.
No entendimento da equipe jurídica de Lula, as propagandas de Bolsonaro manipulam os fatos. Sobre o assunto a defesa manifesta:
“Manipula descaradamente dados sobre votação nos ambientes prisionais para tentar passar a falsa impressão de que “o crime apoiaria Lula”.
Eles afirmam ainda que as propagandas de Bolsonaro tem o objetivo de desequilibrar o processo eleitoral:
“Também usam os mais diversos artifícios maliciosos na tentativa de manipular o eleitor e desequilibrar o processo eleitoral. Os programas tentam induzir espectadores à falsa ideia de que Lula seria “bandido” e que coadunaria com a criminalidade”.
Além das ações contra Bolsonaro, a equipe jurídica de Lula também entrou com três ações contra contra perfis de apoiadores de Bolsonaro, entre elas uma notícia fraudulenta a respeito do sistema eleitoral, uma associação de Lula com atos violentos em outros países e uma publicação que vincula o petista ao crime organizado.
O petista pediu ainda ao TSE, o direito de resposta contra o vereador e deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG). Nikolas teria publicado em suas redes sociais um vídeo de Lula sendo associado ao aborto e às drogas. O vídeo em questão já foi removido por decisão do ministro Paulo de Tarso Sanseverino.
Sobre o assunto, a assessoria jurídica de Lula manifestou-se dizendo:
“O requerido não apenas desdenha da ordem jurisdicional à qual todos os cidadãos brasileiros estão submetidos – inclusive ele -, mas também segue progredindo nas suas postagens para que o vídeo permaneça em evidência, por outros meios de comunicação, tendo como resultado a propagação de conteúdo sabidamente inverídico capaz de violar a legalidade e a lisura do processo eleitoral”.
Por fim, o petista também requereu o direito de resposta contra a rádio Jovem Pan, que ainda não se manifestou sobre o caso.
Fonte: CNN