Caso Madeleine: Vítima de ataque brutal em 2004 pede reabertura de seu caso
Vítima de ataque pede revisão de seu caso suspeitando de Christian Brueckner
Vivendo um terror que durou quase cinco horas, a irlandesa Hazel Behan foi brutalmente agredida e estuprada por um homem mascarado e armado com facão em sua residência na Praia da Rocha, Portugal, em 2004. Quase duas décadas depois, Behan pediu para que o caso seja reaberto, suspeitando que seu assaltante pode ser o mesmo homem acusado pelo sequestro e homicídio de Madeleine McCann.
Behan, que na época tinha apenas 20 anos e trabalhava como representante de férias no Algarve, relatou que foi atacada por um homem que falava inglês com sotaque alemão. O suspeito a amarrou ao balcão de um café da manhã, trouxe uma bolsa de chicotes e correntes, cortou suas roupas e a amordaçou com um pano. E, se não fosse suficiente, ele cuidadosamente filmou todo o ataque.
Leia Mais:
Conheça o ChatADV: Inteligência artificial jurídica para advogados e estudantes de direito
Madeleine McCann: Nova análise em Portugal não traz avanços significativos na investigação
Qual a conexão entre Behan e Madeline McCann?
A agressão sofrida por Behan aconteceu a apenas 24km do resort de onde Madeleine McCann desapareceu em 2007. Mais preocupante ainda, o principal suspeito do desaparecimento de McCann, Christian Brueckner, foi condenado por agredir e estuprar uma mulher americana de 72 anos na Praia da Luz em 2005. Tanto o ataque que Brueckner foi condenado quanto o que Behan sofreu possuem semelhanças alarmantes.
Por que a vítima quer revisão do caso?
Acreditando que o um exame rigoroso de seu caso pelos policiais portugueses em 2004 poderia ter evitado subsequentes ataques, incluindo o desaparecimento da pequena Madeleine, Behan luta por justiça. Ela recordou em sua declaração ao jornal britânico The Guardian que, durante o ataque, o intruso pediu que ela não gritasse, uma característica que foi registrada como semelhante ao ocorrido com a mulher americana que Brueckner atacou.
Após o susto e as lembranças horripilantes do ataque, Behan conta que foi maltratada pela polícia local. Segundo ela, os policiais a fizeram se despir e ficar em posição de “estrela do salto”, enquanto fotografavam suas feridas, para depois a levarem para um hospital para exame físico. Ela não sabe, no entanto, se alguma prova forense foi coletada deste episódio.
Embora profundamente traumatizada, Behan, que atualmente reside na Irlanda com o marido e dois filhos, sente-se esperançosa de que seu agressor finalmente seja levado à justiça desde que soube dos crimes anteriores do novo suspeito no caso Madeleine McCann. A polícia metropolitana lhe assegurou que seu caso está sendo levado a sério e irá entrar em contato com a polícia portuguesa.