Mãe de autor de massacre escolar é condenada nos EUA em caso inédito
Justiça americana condena mãe de adolescente autor de massacre escolar
Em um caso surpreendente e inédito, a Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (6) a condenação de Jennifer Crumbley, mãe de um adolescente que cumpre prisão perpétua pelo assassinato de quatro alunos em uma escola localizada em Michigan. O massacre, ocorrido em novembro de 2021, repercutiu mundialmente e levantou questões sobre responsabilidade parental e controle de armas.
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O desenrolar do dia do massacre
O tiroteio ocorreu na Oxford High School com uma pistola que o menino, então com 15 anos, havia ganhado de presente dos pais. Além das quatro mortes, sete outras pessoas ficaram feridas. Após mais de 11 horas de júri, Jennifer Crumbley foi considerada culpada pelo episódio, com quatro acusações de homicídio culposo, uma para cada vítima do tiroteio de seu filho. Ela, que já estava detida desde dezembro, pode pegar até 15 anos de prisão. A sentença será anunciada no dia 9 de abril.
Reações e o veredicto
Após o veredicto, Jennifer Crumbley ficou sentada com os olhos baixos até ser algemada e conduzida para fora do Tribunal. A juíza Cheryl Matthews, do Tribunal do Condado de Oakland, disse aos jurados que “todos nós sabemos que esta é uma das coisas mais difíceis que vocês já fizeram”, reforçando o impacto emocional do julgamento.
Sinais de alerta ignorados
Uma reportagem exibida no Jornal Nacional, apresentou informações preocupantes relativas à investigação do caso. De acordo com a reportagem, foram encontradas mensagens nas quais o adolescente reportava a presença de “demônios” em casa. Além disso, em diários, ele havia pedido aos pais uma consulta com psicólogo, porém seu pedido não foi atendido. No dia do massacre, Jennifer Crumbley foi chamada à escola devido a uma mensagem preocupante encontrada no livro de matemática do filho: “sangue por toda parte”. Ao ser alertada, não tomou nenhuma providência e tampouco vistoriou a mochila do jovem, onde estava a arma que seria usada no crime.
O caso continua com o julgamento do pai do adolescente, James Crumbley, de 47 anos, previsto para março.
