Mãe que confessou ter matado as filhas não demonstra arrependimento
Na última quarta-feira (28), Izadora Alves de Faria, de 30 anos, que confessou ter matado as suas duas filhas, Maria Alice, de 6, e Lavínia Souza, de 10, prestou depoimento e foi ouvida pela Polícia Civil, porém não demonstrou qualquer arrependimento. Segundo informações dadas pelo delegado do caso, Daniel Moura, a mulher deu detalhes de como cometeu o crime, não chorou e não demonstrou arrependimento. O crime aconteceu em Edéia, no sul de Goiás.
De acordo com o delegado:
Na cabeça dela, ela tinha feito um bem para as crianças. Ela acha que livrou as meninas de viver uma vida que ela viveu.
Após o depoimento ela foi encaminhada ao presídio de Israelândia. Ela já havia passado por audiência de custódia antes de ter sua prisão preventiva decretada pelo juiz Hermes Pereira Vidigal que entendeu que Izadora agiu de forma “fria, repugnante e cruel”, oferecendo risco caso permaneça em liberdade, além de não ter demonstrado arrependimento.
Na delegacia, a mulher contou que envenenou, tentou eletrocutar as filhas dentro de uma caixa d’água com fios elétricos e, em seguida, afogou e esfaqueou as crianças de modo a garantir que elas teriam morrido.
O pai das meninas informou à polícia que encontrou as filhas mortas debaixo de um cobertor quando chegou em casa para almoçar.
De acordo com informações do delegado responsável pelo caso, o pai das crianças saiu para trabalhar pela manhã e quando retornou, achou estranho o portão estar trancado.
Em seguida, ele teria visto vestígios de sangue e encontrado as meninas em um colchão.
O pai estranhou, porque ele sempre deixa o portão aberto. Ele chamou pela esposa, ninguém respondeu. Quando ele abriu, ele viu que tinha um colchão com cobertor na área da frente. Quando ele tirou o cobertor, ele viu que as duas filhas estavam mortas.
Mesmo sem arrependimento, Izadora se escondeu da polícia
Com o auxílio de cães farejadores, Izadora foi encontrada em um matagal próximo a sua casa, na noite de terça-feira (27).
De acordo com o delegado, sinais de ferimentos indicavam que ela havia tentado suicídio.
Izadora foi presa em flagrante e foi levada ao hospital escoltada. Na manhã de quarta-feira ela teve alta e prestou depoimento à polícia.
Ela confessou o crime, o modo como ela matou as crianças. Segundo ela, de início, ela tentou dar veneno, mas como ela viu que não iria funcionar, ela levou as crianças para uma caixa d’água, que fica em frente à casa, e tentou eletrocutar as crianças com uma extensão ligada à rede elétrica. Como ela viu que não ia dar certo, ela desligou a extensão e foi lá na caixa d’água e afogou as crianças. Quando as crianças estavam desacordadas, ela tirou as duas da caixa d’água e as colocou num colchão. Para certificar que tinha matado elas, ela deu um golpe de arma branca.
A causa da morte ainda será confirmada pela Polícia Científica, segundo a autoridade policial.
Aos policiais militares, o pai contou que ele e Izadora viviam um relacionamento conturbado e, na noite anterior ao crime, ele e Izadora brigaram. Na ocasião, ela ameaçou tirar a própria vida e a das filhas.
O pai falou que o relacionamento dos dois estava conturbado, e ela precisava fazer tratamento psiquiátrico porque não estava bem.
Izadora pode responder por duplo homicídio qualificado, com aumento de pena pelo fato de as vítimas serem menores de 14 anos e serem filhas dela.
Fonte: G1