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Major condenado pelo homicídio de Amarildo é reintegrado à Polícia Militar

Major condenado por homicídio é reintegrado aos quadros da Polícia Militar. Edson Raimundo foi condenado a 13 (treze) anos e 07 (sete) meses de prisão por torturar e matar o ajudante de pedreiro Amarildo Souza.

Conforme consta nos autos, o major Edson e outros 12 (doze) policias militares levaram Amarildo Souza para a base da UPP (unidade de polícia pacificadora) no dia 14 de julho de 2013, pois acreditavam que o mesmo sabia do paradeiro de traficantes locais. O pedreiro nunca mais foi visto e seu corpo nunca foi encontrado.

Os 13 (treze) policiais militares foram condenados em 2016 pelos crimes de tortura seguida de morte, ocultação de cadáver e fraude processual e, durante o processo, concluiu-se que os crimes ocorreram dentro da UPP da comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro (RJ). O major Edson Raimundo está em liberdade condicional desde 2019.

A juíza Daniela Alvarez Prado, da 35ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, atestou na sentença que Amarildo foi “vítima de uma cadeia de enganos, era vulnerável à ação policial, além de ser ‘negro e pobre, dentro de uma comunidade à margem da sociedade’”.

Dos policiais condenados, o major Edson Raimundo foi quem teve a maior pena. Como asseverou a magistrada, isso se deu “por ser um superior que deveria dar exemplo aos subordinados”.

No entanto, apesar de condenado e afastado da polícia, o major Edson recebeu mais de R$ 23,000.00 (vinte e três mil reais) de salário e 13º, conforme consta no Portal da Transparência do Rio de Janeiro.

No dia 29 de janeiro de 2021 a decisão de reintegração do major foi publicada no Diário Oficial do Rio de Janeiro, tendo sido reinserido aos quadros dos oficiais da polícia militar pelo coronel Rogério Figueredo de Lacerda.

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Pedro Ganem

Redator do Canal Ciências Criminais

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