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Investigação sobre manipulação de jogos de futebol ganha uma nova fase; veja tudo que se sabe até agora

Desde o final do ano passado, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) vem investigando fraudes em jogos de futebol. Denominada “Operação Penalidade Máxima”, essa ação chegou à sua terceira fase, iniciando uma nova etapa para levantar evidências sobre um dos maiores escândalos do futebol brasileiro. 

Na terceira fase da operação, foram realizados 10 mandados de busca e apreensão em diferentes cidades do país, incluindo Goiânia, Bataguassu, Campina Grande, Nilópolis, Santana do Parnaíba, São Paulo, Volta Redonda e Votuporanga.

Manipulação de resultados no futebol
Reprodução: Blog Portal Pós

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Manipulação de resultados

Os crimes investigados envolvem possíveis manipulações nos resultados de jogos do segundo turno do Campeonato Brasileiro e também em campeonatos estaduais ocorridos em janeiro e fevereiro. O Ministério Público de Goiás menciona partidas específicas que estão sob investigação, como Avaí x Flamengo, Náutico x Sampaio Corrêa, Náutico x Criciúma, Goiânia x Aparecidense, Goiás x Goiânia, Nacional x Auto Esporte e Sousa x Auto Esporte.

Romário Hugo dos Santos, suspeito de envolvimento em um esquema que aliciava jogadores para manipular partidas e lucrar com apostas online, foi novamente citado durante essa fase. A investigação aponta que ele esteve no hotel onde os jogadores do Avaí estavam antes de uma partida contra o Flamengo em 2022. Mensagens encontradas no celular de Romário indicam um possível esquema armado para o jogo, mencionando a participação de dois zagueiros e um goleiro na manipulação do resultado.

Os clubes mencionados se manifestaram sobre o caso, alguns enfatizando o compromisso com a integridade e ética no esporte, enquanto outros destacaram sua surpresa com essa nova fase da operação. Além disso, os times se colocaram à disposição das autoridades para esclarecer os fatos e colaborar com as investigações.

Operação Penalidade Máxima

A investigação visa apurar a prática de condutas ilícitas que configuram organização criminosa para fraudar resultados de partidas de futebol. As suspeitas indicam que um grupo criminoso oferecia dinheiro a jogadores para realizarem ações específicas durante os jogos, como receber cartões, cometer pênaltis ou influenciar no placar, resultando em ganhos em sites de apostas esportivas.

O esquema funcionava por meio de quatro núcleos distintos: apostadores, financiadores, intermediadores e administrativos. Eles atuavam em conjunto para cooptar jogadores, assegurar recursos financeiros, facilitar contatos e realizar transferências de dinheiro entre os membros da organização.

A Operação Penalidade Máxima teve início após um jogador aceitar uma oferta para cometer um pênalti em um jogo, entregando provas ao MP-GO. Desde então, a investigação tem revelado detalhes sobre como o esquema operava, incluindo o uso de robôs para apostas e contas em nomes de laranjas para evitar suspeitas.

Em fases anteriores da operação, o Ministério Público denunciou o grupo de apostadores e os jogadores envolvidos, tratando os clubes e as empresas de apostas como vítimas das ações. Mesmo com a condenação dos atletas, não há previsão de punições criminais ou desportivas para os clubes até o momento.

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