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Marcola de endereço novo: líder do PCC será transferido de presídio em Brasília

Transferência de Marcola para unidade de segurança máxima

A Secretária Nacional de Políticas Penais (Senappen) está programando a transferência do líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), conhecido como Marcola, da Penitenciária Federal de Brasília para outra unidade de segurança máxima nos próximos dias. Detalhes sobre o novo local e a data da transferência não foram divulgados por razões de segurança, embora a informação tenha sido confirmada por fontes do governo federal.

Medida preventiva devido à ameaça contra policiais penais federais

marcola
Imagem: Gazeta do Povo

A decisão de transferência de Marcola surge em resposta à identificação de um plano em andamento para sequestrar e assassinar policiais penais federais. Há suspeitas de que os servidores poderiam ser utilizados como moeda de troca para negociar a libertação da liderança do PCC, atualmente cumprindo pena em Brasília.

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Estratégias da Senappen para garantir a segurança nas transferências

A Senappen, através de seu secretário Rafael Velasco Brandini, implementou alterações no transporte de presos de “altíssima periculosidade” nas unidades do Sistema Penitenciário Federal. O objetivo é realizar um rodízio entre os servidores responsáveis pelas transferências, visando evitar possíveis perseguições, sequestros e até execuções de autoridades. A portaria assinada determina que as autoridades serão designadas de forma aleatória, periódica e individualizada, identificadas por códigos para preservar suas identidades.

Planos do PCC e respostas de segurança

De acordo com informações de inteligência, o PCC elaborou três planos. O primeiro, denominado STF, envolve a invasão da Penitenciária Federal de Brasília, mas a construção de uma grande muralha em torno do complexo dificultou a execução desse plano. O segundo, chamado STJ, inclui o sequestro de autoridades do Senappen e seus familiares como forma de pressionar pela libertação dos líderes. O terceiro plano seria uma “missão suicida”, onde Marcola iniciaria uma rebelião dentro do presídio federal, usando um policial penal como refém.

Operação Anjos da Guarda

A base das medidas de segurança adotadas pelo governo federal remonta à Operação Anjos da Guarda, uma ofensiva lançada em agosto do ano passado. Essa operação, conduzida em conjunto pela Polícia Federal e pela Senappen, resultou na prisão de cerca de 80 policiais federais e na apreensão de 11 mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em diferentes estados do Brasil.

Os investigados foram descobertos utilizando atendimentos e visitas em parlatório, valendo-se de códigos que remetiam a situações jurídicas fictícias. Cerca de quatro defensores do comando foram presos durante a operação. As lideranças do PCC foram transferidas para o Sistema Penitenciário Federal em fevereiro de 2019, após as autoridades de São Paulo descobrirem um plano de fuga articulado por esses líderes na Penitenciária Estadual de Presidente Venceslau II.

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