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A história de Maria Carolina, a princesa brasileira morta por nazistas em câmara de gás

A história pouco conhecida da princesa Maria Carolina de Saxe-Coburgo e Bragança

Em um relato emocionante e detalhista, o historiador Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, de notáveis 96 anos no ano de 2023, compartilha as memórias de quando era apenas uma criança de sete anos e testemunhou a invasão da Áustria pelas tropas de Hitler em 12 de março de 1938. Entre essas memórias está o semblante preocupado de sua tia, a princesa Maria Carolina de Saxe-Coburgo e Bragança, que sofreu o destino trágico das mãos dos nazistas. Esta incrível história é um exemplo de como a nobreza sofreu durante a Segunda Guerra Mundial, muitas vezes esquecida na história oficial.

Maria Carolina e sua mãe, Teresa Cristina, eram bisnetas do imperador brasileiro Dom Pedro 2º. Elas nasceram no seio da família Saxe-Coburgo e Bragança, filhas do príncipe Augusto Leopoldo que, por sua vez, era filho da princesa Leopoldina, segunda filha de Dom Pedro 2º. A família real passou por muitos desafios, uma vez que pelo menos três de seus membros sofreram de problemas de saúde mental, provavelmente de origem genética: Augusto, Maria Carolina e Leopoldina. Maria Carolina ainda sofria de poliomielite, tornando sua situação ainda mais delicada.

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Qual foi o destino trágico da princesa Maria Carolina?

No sombrio dia de 6 de junho de 1941, apenas três anos após a invasão da Áustria por Hitler, Maria Carolina foi morta em uma câmara de gás no Castelo de Hartheim, na Áustria. Ela tinha apenas 42 anos. Seu sobrinho, Carlos Tasso, conta que ela foi “barbaramente eliminada” por ser declaradamente antinazista e portadora de uma doença incurável. A morte chocante de Maria Carolina evidencia o brutal tratamento dos nazistas contra aqueles considerados “indesejáveis” ou “inúteis”.

Quem era Maria Carolina?

A princesa Maria Carolina de Saxe-Coburgo e Bragança nasceu em 10 de janeiro de 1899, na cidade de Pula, então parte do Império Austro-Húngaro e hoje parte da Croácia. Filha do príncipe Augusto Leopoldo, ela era bisneta do último imperador do Brasil, Dom Pedro 2º e trineta do primeiro imperador brasileiro, Dom Pedro 1º. Apesar de sua conexão com a nobreza brasileira, ela passou grande parte de sua vida no exterior, uma vez que seus familiares foram exilados do Brasil após a Proclamação da República em 1889.

Quem foi Maria Carolina?

No período que antecedeu sua morte, ela foi transferida para um hospital psiquiátrico em Schladming, onde residia com sua família. De acordo com a historiadora Sabrina Ribeiro, esse movimento foi uma estratégia dos nazistas para justificar a eliminação de indivíduos portadores de doenças consideradas hereditárias ou “vidas indignas de serem vividas” pelos nazistas.

No dia 6 de junho de 1941, Maria Carolina e outros pacientes foram levados para o Castelo de Hartheim, também conhecido como “Castelo da Morte”, onde foram mortos por gás venenoso em uma falsa casa de banho. Sua morte serve como um triste lembrete da crueldade e desumanidade dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Apesar de sua morte terrível, Maria Carolina não foi esquecida e sua história continua sendo compartilhada, a fim de lembrar os erros passados e garantir que tais atrocidades nunca mais ocorram. Mesmo na adversidade, sua lembrança e legado continuam vivos.

Redação

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