A trágica saga de Maria Carolina: a princesa brasileira que enfrentou os horrores dos nazistas
Princesa brasileira é vítima do Holocausto
Poucas pessoas sabem, mas uma integrante da família real brasileira foi vítima do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial. A princesa Maria Carolina de Saxe-Coburgo e Bragança integra o Memorial às Vítimas do Holocausto, inaugurado no Rio de Janeiro em 2023.
Maria Carolina, nascida em 1899 na cidade de Pula, hoje Croácia, era bisneta do imperador D. Pedro II e trineta de D. Pedro I. Durante o regime nazista, ela foi perseguida e morta nas mãos dos soldados de Adolf Hitler devido à sua deficiência mental e sua posição antinazista.
Leia Mais:
Libertado após 3 anos: Justiça reconhece prisão injusta e expõe falhas no sistema penal
Madeleine McCann: Nova análise em Portugal não traz avanços significativos na investigação
Como tudo aconteceu?
Em 1938, seis meses após a anexação da Áustria pela Alemanha, Maria Carolina foi transferida para um hospital psiquiátrico em Schladming, onde a família residia desde 1918. No dia 6 de junho de 1941, os pacientes do hospital foram transportados para o Castelo de Hartheim, um dos seis centros de extermínio nazistas.
Chegando ao centro de extermínio, os pacientes considerados incuráveis foram exterminados pelas mãos dos médicos nazistas. Maria Carolina foi executada em uma câmara de gás disfarçada de banheiro, completamente nua. Seu corpo foi incinerado dentro do próprio castelo, e suas cinzas supostamente guardadas na cripta da família na paróquia de Santo Agostinho, em Coburgo.
Entre maio de 1940 e agosto de 1941, estima-se que 18,2 mil pacientes tenham sido executados em Hartheim — uma média de 40 por dia. Esses números mostram a triste realidade da chamada “eutanásia nazista”.
Maria Carolina – Recordar para não esquecer
Com o objetivo de lembrar e dar voz às vítimas do Holocausto, como a princesa Maria Carolina, o Memorial às Vítimas do Holocausto no Rio de Janeiro aborda as histórias de sobreviventes e vítimas durante esse trágico período da história.
Além de judeus, o regime nazista perseguiu, torturou e assassinou negros, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová e deficientes físicos e mentais, entre outros. A história de Maria Carolina é apenas uma entre tantas que não podem ser esquecidas e devem ser lembradas para que a humanidade jamais repita tais atrocidades.