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Caso Marielle Franco: PF investiga movimentações financeiras de mais de R$ 5 milhões após assassinato

Movimentações financeiras suspeitas ligadas ao ex-bombeiro Maxwell Corrêa estão em evidência

Intriga financeira envolvendo o ex-bombeiro Maxwell Corrêa, também conhecido como Suel, ganha destaque na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes, seu motorista. As análises conduzidas pelos investigadores apontam um crescimento financeiro incompatível com a renda recebida por Suel, que era de R$10 mil.

Suel foi preso na última segunda-feira (24) sob a relevante suspeita de participação no caso. Assim diz o relato de Élcio Queiroz, um dos envolvidos no processo, que colaborou com a força-tarefa na condição de delator.

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Qual foi o aumento de renda identificado nas contas de Maxwell Corrêa?

O fluxo financeiro nas contas pessoais de Suel entre 01/04/2014 e 11/03/2019, de acordo com informações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), apontam movimentação em torno de R$ 1.110.030,00 – uma quantia considerada incongruente com a renda declarada do ex-bombeiro.

Além disso, no período de 01/02/2021 a 01/05/2021, em empresas onde Suel figurava como proprietário ou sócio majoritário, o fluxo financeiro registra algo em torno de R$ 5,3 milhões, ampliando ainda mais as suspeitas.

Os policiais ao analisarem essas transações, encontraram indícios do crime de lavagem de dinheiro. Notou-se movimentações expressivas nos recursos da empresa de Suel, prática comum em casos investigados de lavagem de dinheiro. Empresas de fachada são criadas, utilizando a conta corporativa para a passagem desses recursos, tornando os procedimentos de fiscalização por parte dos órgãos de controle mais ineficazes.

Quais são as implicações dessas descobertas nas investigações do Caso Marielle?

Suel está sendo investigado por seu suposto envolvimento no crime contra Marielle e Anderson Gomes. Durante sua delação premiada, Élcio Queiroz apontou Suel como o responsável por vigiar Marielle antes do crime, além, também, de ter levado o carro usado no crime para um desmanche.

Apesar de todo imbróglio, a defesa de Suel se recusa a se pronunciar sobre as movimentações financeiras em investigação. A profundidade dessas descobertas pode ser crucial para a conclusão desse caso que tem emocionado e gerado indignação no Brasil e no mundo.

Redação

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