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O que os EUA aprenderam com o Massacre de Columbine?

O que aprendemos com os Massacres a escolas nos EUA?

A violência nas escolas é uma realidade presente não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos, onde os ataques a instituições de ensino chamam atenção global. Após o massacre de Columbine, em 1999, houve um aumento significativo na preocupação com a segurança nas escolas e na busca por entender possíveis causas e formas de prevenção.

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Quais são as principais constatações em relação aos ataques a escolas?

O Relatório Final da Iniciativa Escola Segura, elaborado em 2004, trouxe informações importantes para compreender e enfrentar o problema de ataques a escolas. Entre as principais conclusões, podemos destacar:

1. Agressores tendem a ter um interesse crescente em armas, bombas e artefatos ligados à violência.
2. Não há um perfil psicológico ou de características sociais, familiares ou econômicas preciso para os potenciais agressores.
3. A maioria dos atacantes são homens (95%) e brancos (61%).
4. Geralmente, os ataques são planejados com antecedência e não ocorrem por impulso ou após um surto.
5. Raramente os agressores ameaçam diretamente o alvo antes do ataque, mas tendem a falar sobre o assunto, fazer ameaças veladas e referência à violência.
6. Estudantes são uma parte essencial da prevenção e devem ser estimulados a comunicar situações suspeitas a um responsável.
7. A maioria dos agressores apresentou comportamentos antes dos ataques que preocuparam pelo menos uma pessoa (geralmente um adulto).

Columbine primeiro massacre em escola que chocou o mundo vai completar 24 anos
Some survivors of the 1999 Columbine shooting are fighting back. “I was heartbroken of the thought of losing it,” said Will Beck, a survivor of the shooting.

Como a situação brasileira difere da americana?

Apesar das diferenças culturais, legais e econômicas entre Brasil e EUA, algumas lições podem ser aproveitadas em ambos os países. No Brasil, por exemplo, há uma política mais restritiva de acesso a armas, o que pode facilitar a identificação de pessoas com interesse claro em armas e munição.

Como podem ser desenvolvidas estratégias de prevenção?

Entre as principais recomendações para prevenir ataques a escolas, estão:

1. Estimular estudantes a comunicar qualquer preocupação relacionada à violência ou ameaças a responsáveis.
2. Agir mesmo diante de ameaças indiretas ou comportamentos suspeitos.
3. Oferecer apoio emocional e acompanhamento a estudantes que enfrentem dificuldades, como perdas ou falhas.
4. Trabalhar na redução do bullying nas escolas.
5. Investigar interesses e esforços no acesso a armas ou conhecimento sobre bombas.
6. Estabelecer canais para que estudantes e colaboradores possam denunciar situações suspeitas.

A partir dessas estratégias, é possível desenvolver um ambiente escolar mais seguro e consciente, onde estudantes e profissionais se sintam protegidos e incentivados a compartilhar informação, prevenindo possíveis ataques e garantindo o bem-estar de todos os envolvidos.

Redação

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