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Estado dos EUA quer usar método experimental em preso no corredor da morte

Morte por Gás Nitrogênio: o novo método de execução em debate no Alabama

O controverso método de execução em discussão nos Estados Unidos ganha manchetes com o caso de um preso no corredor da morte em Alabama, que está lutando para evitar ser o “cobaia” deste experimento. Conhecido como hipóxia por nitrogênio, este procedimento propõe substituir o oxigênio respirado pelo condenado por gás nitrogênio, levando à falência dos órgãos e, consequentemente, à morte.

O preso em questão é Kenneth Eugene Smith, cujos advogados têm se movimentado intensamente para impedir o que chamam de “tentativa de execução inédita”. Embora o uso do gás nitrogênio para execuções seja tecnicamente legal em três estados americanos – incluindo Alabama -, este método nunca foi empregado para a execução de um prisioneiro nos EUA, tornando-o um experimento sem precedentes.

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Sala de execução de presos que estão no corredor da morte. Imagem: Brasil de Fato

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O que faz da hipóxia por nitrogênio um método experimental?

A principal controvérsia em torno do método de hipóxia por nitrogênio está no fato de ser completamente inédito na prática. Assim, mesmo que legalmente seja permitido em alguns estados, não há registro do uso desse método em execuções, tornando-o efetivamente experimental. O uso da hipóxia por nitrogênio para executar condenados nunca foi utilizado nos Estados Unidos, ou em qualquer outro lugar, pelo que se sabe.

Como funciona a execução de preso por hipóxia por nitrogênio?

A execução por hipóxia por nitrogênio propõe colocar uma máscara sobre a boca do preso, em seguida, o ar que ele respira é substituído por gás nitrogênio. Este gás então, provoca a falha das funções corporais do indivíduo até que este venha a óbito.

Quais são os argumentos contra a hipóxia por nitrogênio?

Embora este método seja proposto como indolor, inúmeras são as controvérsias e os argumentos contra sua utilização. Dentre eles, estão preocupações relacionadas aos direitos humanos, ao fato de ser uma técnica ainda não testada e à sua efetiva humanidade. De acordo com o anestesiologista Joel Zivot, a execução por hipóxia por nitrogênio pode ser ainda pior do que a injeção letal. Ele sugere que o condenado provavelmente sufocaria “de dentro para fora”. Esta perspectiva soa muito distante de ser indolor ou humana.

O futuro deste método e o destino de Kenneth Eugene Smith ainda são incertos, mas, sem dúvida, o caso alimenta o sempre intenso debate sobre a pena de morte e seus métodos.

Fonte: Futurism

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