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“Meu Amigo Dahmer”: a história em HQ do serial killer na visão de um colega de escola

Após o estrondoso sucesso da série do serial killer Jeffrey Dahmer, Dahmer: Um Canibal Americano, a série já está no TOP1 da Netflix hoje. Lançada no dia 21 de setembro, a série está dando o que falar pelo seu conteúdo brutal.

Entre 1978 e 1991, o serial killer Jeffrey Dahmer matou 17 homens e garotos, os drogando e estuprando, antes de serem mortos e terem seus corpos desmembrados.

Ele foi preso quando uma de suas vítimas conseguiu escapar e chamar a polícia. Foram encontradas fotos polaroids de membros das vítimas, quatro cabeças decepadas na cozinha e sete crânios, alguns pintados e outros branqueados. 

Além disso, os investigadores descobriram pingos de sangue gotejando em cima de um tabuleiro na parte inferior do refrigerador de Dahmer, além de dois corações humanos e uma porção de um músculo de braço, tudo dentro de sacos plásticos em cima de gaveta de seu armário.

Existem outras obras que retratam a vida de Jeffrey Dahmer, seus crimes e julgamento. Uma delas é “Meu Amigo Dahmer”, um romance gráfico autobiográfico do quadrinista Derf Backderf sobre sua amizade na adolescência com o serial killer.

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Imagem: OAV Crime

Com o objetivo de contar a história de Dahmer de uma perspectiva diferente, Derf resgatou velhos cadernos e álbuns de fotografia, conversou com amigos da adolescência e antigos professores, além de consultar arquivos da mídia e do FBI.

“Meu Amigo Dahmer” traz o perfil do psicopata Jeff Dahmer quando era um adolescente e aluno do ensino médio. 

O autor foi seu colega de turma nos anos 1970, e conviveu com o futuro “canibal de Milwaukee” com uma intimidade que Dahmer talvez só viesse a compartilhar novamente com suas vítimas. Juntos, os dois estudaram para provas, mataram aula e até chegaram a jogar basquete.

Porém, com o fim do ensino médio, os dois tomaram rumos diferentes e Derf só voltaria a saber do amigo pelo noticiário. 

Em 1991, os crimes de Jeffrey Dahmer vieram à tona: necrofilia, canibalismo e uma lista de pelo menos 17 mortos, entre homens adultos e garotos. O primeiro assassinato teria acontecido meses após a formatura no colégio, o que chocou Derf, visto que Dahmer era seu amigo.

“Meu Amigo Dahmer” traz o perfil do psicopata Jeff Dahmer quando adolescente

Assim, ele resolveu explorar como era a personalidade e atitudes de Dahmer durante a escola através do livro.

Além de remexer nos seus velhos cadernos e álbuns de fotografia para roteirizar a história em quadrinhos, o autor consultou seus amigos de adolescência, antigos professores, os arquivos do FBI e a cobertura da mídia após a descoberta dos crimes. 

Lançado pela Darkside Books no Brasil, a obra em quadrinhos monta um perfil completo do serial killer através da perspectiva de alguém que era muito próximo dele.

Algumas pessoas que ele contatou tinham histórias do garoto Jeffrey que costumava fingir surtos epilépticos, exagerava na bebida antes mesmo de ir para a aula e que parecia ter uma fixação em dissecar os animais atropelados que encontrava perto de casa. 

Em 2012, foi lançada a versão definitiva do livro, já com as 288 páginas em preto e branco do quadrinho. A obra conquistou o público e crítica especializada e com isso, “Meu Amigo Dahmer” foi escolhido pela revista Time como um dos cinco melhores livros de não ficção de 2012.

A história em quadrinhos de “Meu Amigo Dahmer” virou filme, em 2019. “O Despertar de Um Assassino” (“My Friend Dahmer”, em seu título original), foi protagonizado por Ross Lynch vivendo Jeffrey Dahmer e Alex Wolff como Derf..

“O que me fascinava era a espiral descendente. Por que e como ele se torna um monstro. Eu realmente continuo sem saber o motivo que o levou a se transformar nessa criatura, mas documentei o processo”.

Fonte: UOL

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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