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Mais de 300 milhões de menores sofrem abuso sexual pela internet o ano, diz estudo

Estudo: mais de 300 Milhões de menores sofrem abuso sexual Online Anualmente

Um estudo recente realizado pela Universidade de Edimburgo revelou um panorama alarmante sobre a exploração sexual de menores no ambiente online. De acordo com a pesquisa, mais de 300 milhões de crianças e adolescentes foram vítimas de abusos na internet nos últimos 12 meses. Este dado alarmante retrata uma realidade que afeta jovens ao redor do mundo, com a disseminação de imagens e vídeos íntimos sem consentimento.

A pesquisa destaca que a exploração não se limita a um único país, apontando os Estados Unidos como uma das áreas de maior risco. A frequência com que os crimes são denunciados sugere que o problema é maior do que se imagina, exigindo respostas rápidas e eficazes de todos os setores da sociedade global.

Abuso
Imagem: Divulgação

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Como a Exploração Sexual Infantil se Dissemina pela Internet?

O estudo categoriza os crimes digitais contra menores em várias formas de abuso, incluindo a “sextorsão”, um tipo de chantagem onde criminosos ameaçam divulgar imagens íntimas se não receberem dinheiro. Além disso, o advento da Inteligência Artificial contribuiu para o aumento desses abusos, possibilitando a criação de vídeos e fotos manipuladas que podem causar danos irreversíveis às vítimas. A tecnologia tem facilitado novos métodos de abuso, ampliando o alcance e a gravidade das agressões virtuais.

Quais Regiões Estão Mais Vulneráveis?

Enquanto a situação é crítica em diversos lugares, os dados indicam um risco particularmente alto nos Estados Unidos, onde a incidência de autores que admitem tais crimes é preocupantemente elevada. Essa tendência também se observa em outras partes do mundo, com quadrilhas especializadas que operam a partir de áreas como o oeste da África e o Sudeste Asiático, visando principalmente adolescentes britânicos. A estratégia desses criminosos inclui se passar por jovens nas redes sociais, evoluindo o contato para plataformas de mensagens criptografadas.

Como os especialistas classificam o impacto desses abusos?

Paul Stanfield, diretor-executivo da Childlight Global Child Safety Institute, descreve a exploração sexual infantil na internet como uma “pandemia sanitária mundial”. Segundo ele, o problema cresce exponencialmente, atravessando fronteiras e se mantendo oculto por longo tempo. O alerta é claro: é necessária uma cooperação internacional para combater essa modalidade de crime que prejudica milhões de jovens anualmente.

O alerta da National Crime Agency (NCA) do Reino Unido aos professores reforça a gravidade do problema. A agência enfatiza a importância da conscientização sobre os riscos que crianças e adolescentes enfrentam online, com ênfase na necessidade de monitoramento e prevenção nas escolas para evitar que alunos se tornem novas vítimas dessas organizações criminosas.

A situação exige não apenas conscientização, mas também ações práticas e determinação política para criar um ambiente online mais seguro para nossos jovens. As estatísticas são um chamado à ação para proteger as crianças e adolescentes da exploração digital, um crime silencioso que continua a crescer, colocando em risco a inocência e a integridade de milhões.

Abuso infantil
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