Viúva afirma que milícia procurou Adriano da Nóbrega “para resolver a Marielle”
Viúva de Adriano Nóbrega explica participação da milícia na morte de Marielle
Em julho de 2021, a viúva de Adriano Nóbrega procurou o Ministério Público para firmar um acordo de colaboração premiada onde relatava a participação da milícia do Rio de Janeiro na morte da vereadora Marielle Franco (Psol).
No entanto, a proposta de delação de Julia foi recusada. Os promotores justificaram que foram detectadas inconsistências e ausência de provas em alguns dos relatos.
A revista Veja teve acesso ao conteúdo que foi publicado na última sexta-feira (29). Nele, Júlia Lotufo afirmou que o autor da proposta para matar Marielle foi “Maurição” (tenente reformado da PM Maurício Silva da Costa), chefe da milícia de Rio das Pedras, bairro no Rio de Janeiro. Já o mandante do crime seria “Girão” (ex-vereador Cristiano Girão), chefe da milícia de Gardênia Azul, também na Zona Oeste do Rio.
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Viúva de Adriano Nóbrega diz que chefe de milícia encomendou morte de Marielle
Em sua delação, Julia afirma que Maurição procurou seu então marido, Adriano, a pedido de Girão “para resolver a Marielle”, que desenvolvia trabalhos sociais nas áreas de milícias. Ela afirma que os milicianos acreditavam que a vereadora carioca expandiria seus trabalhos e influência para a Cidade de Deus, Gardênia Azul e Rio das Pedras, locais onde os milicianos em questão atuavam.
A viúva reproduziu o que Adriano teria dito a Maurição:
“Maurício, sai fora disso, isso vai dar problema, ela é uma parlamentar, ela é negra, lésbica e fala pra cacete, isso vai dar m., vocês vão arrumar confusão, e nem vem com essa história pra cá de Marielle, não aceito isso, não quero saber de Marielle aqui, vocês estão numa suposição de Gardênia Azul, que está encralacrada lá com ela, então eu não quero saber disso, eu não quero isso aqui no Rio das Pedras”
Fonte: Metro1
