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Ministério da Justiça diz que prisão de miliciano Zinho abre possibilidades investigativas

Nesta terça-feira (26), Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, afirmou que a prisão do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, marca o início de uma série de investigações. O objetivo é identificar as conexões políticas e financeiras das organizações criminosas com as quais ele esteve envolvido. 

Zinho, foragido desde 2018 e alvo de 12 mandados de prisão, se entregou à Polícia Federal (PF) na noite de domingo (24). Ele é apontado como o líder da maior milícia do Rio de Janeiro e responsável por uma série de ataques que resultaram na queima de mais de 30 ônibus na região metropolitana do Rio, em 23 de outubro.

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Imagem: Reprodução/CLDF

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“A prisão do líder de uma organização criminosa não encerra o trabalho. Ao contrário, abre novas possibilidades de investigação. Não adianta você prender um líder porque ele rapidamente é substituído. Nós temos de ir no coração das organizações criminosas, desmontando suas conexões políticas e financeiras para devolver a autoridade sobre o território ao Estado, ao povo do Brasil e do Rio de Janeiro”, afirmou Cappelli em Brasília, após uma reunião preparatória para um evento em defesa da democracia.

Secretário-executivo do Ministério da Justiça

Cappelli também abordou a possibilidade de o Ministério da Justiça oferecer recompensas financeiras por “informações relevantes” que auxiliem na resolução de crimes e na captura de indivíduos procurados, listados pelo Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

Esta ação está prevista na Portaria 570/2023, assinada em 21 de dezembro pelo ministro da Justiça, Flávio Dino. Ela contempla a oferta de recompensas entre R$ 30 mil e R$ 100 mil, considerando critérios como a gravidade do crime, a eficácia da informação para solucionar o caso e a prisão do procurado, além do risco à vida e à integridade física do informante.

Os valores a serem pagos serão determinados com base em diretrizes técnicas e parâmetros definidos pelas autoridades, seguindo as melhores práticas internacionais. “É um trabalho técnico e cuidadoso feito pelos nossos principais especialistas, que são os nossos policiais”, afirmou o secretário.

A fonte dos recursos para esses pagamentos ainda será definida, podendo vir do Fundo Nacional de Segurança Pública. “Temos recursos públicos, temos o Fundo Nacional de Segurança Pública. Precisamos ver se tecnicamente isso é possível. O caminho existe quando há vontade ou decisão política. É uma questão técnica burocrática para encontrarmos o caminho para o pagamento dessas recompensas”, concluiu.

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