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Ministro Nunes Marques estipula que deputado Eduardo Bolsonaro tem 15 dias para se manifestar sobre queixa-crime de Daniela Mercury

O ministro Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu um prazo de 15 dias para que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) responda à queixa-crime apresentada pela cantora Daniela Mercury por difamação. 

O prazo é um procedimento previsto em lei para assegurar o direito de defesa. A decisão foi datada de 13 de fevereiro de 2023. 

A ação judicial foi aberta por Mercury em junho de 2022 em resposta a um post feito por Eduardo 2 meses antes.

Daniela Mercury abriu processo contra deputado Eduardo Bolsonaro após difamação nas redes sociais

O deputado compartilhou em suas redes sociais um vídeo da artista no Festival de Inverno de Garanhuns 2018 com a legenda “O Brasil não merece isso”. 

O conteúdo foi editado de forma que desse a entender que Mercury havia dito que Jesus Cristo era gay. Eduardo escreveu no post que a cantora sofria de “abstinência” da Lei Rouanet. Na versão original, Daniela Mercury canta a música “Tempo Perdido”, de Renato Russo, a quem ela chama de gay. 

“Meu amigo Renato Russo era gay, gay, muito gay, muito bicha, muito viado, sim!”, disse. A fala era em protesto à censura imposta a uma peça com uma atriz transexual que seria exibida no mesmo festival, mas foi cancelada. 

Daniela é lésbica e ativista da causa LGBTQIA+. Na época, a cantora compartilhou no Twitter notícias de diversos portais, que explicavam que o vídeo era falso. “Fake news é crime”, escreveu, indicando que processaria o congressista.

Diante das reações nas redes, Eduardo apagou a publicação.

Fonte: STF

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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