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Mohammed bin Salman: Novo patrão de Neymar é responsável por assassinato brutal de jornalista, segundo a CIA

Conhecendo Mohammed bin Salman, o herdeiro da Arábia Saudita e novo patrocinador de Neymar

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, tem recentemente aparecido como personagem central no mundo do futebol ao se tornar patrocinador do jogador Neymar. Com uma fortuna estimada em 25 bilhões de dólares, bin Salman tem uma história marcada por posições de poder e polêmicas no cenário político global.

Antes de assumir como primeiro-ministro saudita, Mohammed bin Salman ocupou diversos cargos de importância na estrutura governamental da Arábia Saudita. Desde 2015, quando seu pai se tornou rei, bin Salman tem figurado ativamente na política do país.

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Quem é Mohammed bin Salman?

O herdeiro saudita já passou por cargos como vice-primeiro-ministro, ministro da Defesa, assessor especial do rei e presidente do Conselho de Assuntos Econômicos e Desenvolvimento, órgão que supervisiona a principal companhia produtora de petróleo do mundo.

Mohammed bin Salman foi o principal responsável por promover uma série de reformas que impulsionaram uma transformação econômica e cultural na Arábia Saudita, notadamente a partir de 2017. Foi durante sua gestão que mulheres sauditas conquistaram importantes direitos, como o de assistir a jogos de futebol nos estádios e dirigir carros – conquistas inéditas em um país conhecido por seu conservadorismo.

Apesar dos avanços, bin Salman também se envolveu em polêmicas. Uma das mais notáveis foi quando a CIA, agência americana de espionagem, o acusou de ser o mandante do assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, opositor do governo, em 2018.

Agora, a Casa Branca acaba de divulgar um dos relatórios mais aguardados do momento, trazendo à tona detalhes sobre o assassinato de Jamal Khashoggi, que ocorreu em 2018. Khashoggi, um jornalista que persistia em criticar o governo saudita, foi assassinado no consulado da Arábia Saudita, localizado em Istambul. No documento, conclui-se que o príncipe herdeiro saudita, Mohamed Bin Salman, cujo poder comanda o regime saudita, é diretamente responsável pelo crime.

O Departamento de Estado dos EUA revelou que anunciará ainda nesta sexta-feira quais serão as ações em resposta ao crime. O jornalista assassinado escrevia para o The Washington Post e residia no estado da Virgínia.

O que diz o relatório?

“Concluímos que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed Bin Salman, aprovou uma operação em Istambul, na Turquia, para capturar ou matar o jornalista saudita Jamal Khashoggi”, afirma o relatório. O texto ainda revela que Bin Salman via o jornalista como uma ameaça para Riad.

Quais são as implicações deste relatório para Arábia Saudita?

Diante das conclusões do relatório, as relações entre a Arábia Saudita e seus tradicionais aliados – especialmente os Estados Unidos – podem ser profundamente afetadas. O relatório fornece uma descrição inequívoca e brutal dos acontecimentos, o que inevitavelmente eleva a temperatura das relações diplomáticas.

O governo Biden já havia informado que tornaria o relatório público – uma atitude oposta à resistência anteriormente demonstrada pelo presidente Donald Trump. A ação simbolicamente inaugura uma nova fase das relações entre Washington e Riad.

Como a administração Biden se posiciona em relação ao caso?

Logo após a divulgação do relatório, Biden conversou por telefone com o rei Salman Bin Abdulaziz, de 85 anos, e não diretamente com Bin Salman. Ao lidar com o rei, ao invés do príncipe herdeiro, Biden expressa uma clara mudança em relação à posição da administração Trump.

A Casa Branca anunciou que a nova administração está se preparando para “recalibrar” a relação com o aliado árabe. Biden expressou seu compromisso com a Arábia Saudita, porém, já anunciara que os Estados Unidos deixariam de apoiar a ofensiva militar saudita na Guerra no Iêmen.

Durante sua campanha eleitoral, Biden foi incisivo ao criticar Riad e a família real, e afirmou que tratá-los-ia “como os párias que são”. Agora, desde 20 de janeiro, ele preside a Casa Branca com promessas de limitar a venda de armas ao país e exigir responsabilização pelo assassinato de Khashoggi.

Como afirmou a porta-voz da Casa Branca, existem várias ações em análise neste momento. O mundo aguarda ansiosamente a decisão final dos Estados Unidos em resposta a esse crime bárbaro.

Redação

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