Você sabia que a Monalisa já foi roubada? Entenda os desdobramentos deste famoso crime
Recordando o ousado roubo da Monalisa
Em dezembro, celebra-se o centenário do retorno da Monalisa, a obra-prima de Leonardo Da Vinci, ao Museu do Louvre em Paris. Uma das imagens mais reconhecíveis no mundo da arte, a pintura ganhou ainda mais notoriedade após ser roubada e por dois anos ter estado ausente de seu local de exibição.
O ladrão, Vincenzo Peruggia, tinha muito menos glamour e sofisticação que o que muitos filmes nos apresentam sobre roubos de obras de arte. No entanto, seu ato ousado catapultou a Monalisa para o status de uma das pinturas mais famosas do mundo.
LEIA MAIS:
Desmascarando a montagem falsa de encontro entre Lula e Suzane Von Richthofen: Entenda a verdade!”
Justiça rejeita pedido de prisão domiciliar de Graciele Ugulini, condenada no caso Bernardo Boldrini
Como foi o roubo da Monalisa?
Na segunda-feira, 21 de agosto de 1911, dia em que o Louvre estava fechado, Peruggia se infiltrou no museu e saiu com a obra-prima de Da Vinci ao amanhecer. A ausência do quadro foi notada somente na terça-feira subsequente, causando rebuliço e fechando o Louvre por uma semana para facilitar a investigação policial.
A pintura só voltou a ser vista em 10 de dezembro de 1913, quando Peruggia foi capturado ao tentar vendê-la para Alfredo Geri, um comerciante de antiguidades em Florença, Itália. Este evento é considerado o primeiro crime contra a propriedade a ganhar atenção da mídia internacional, segundo o historiador de arte norte-americano Noah Charney.
O impacto do roubo no status da Monalisa
A notoriedade da Monalisa não foi simplesmente resultado da genialidade de Da Vinci. Foi o intenso burburinho da mídia durante o período do roubo que deu destaque mundial para a obra. A pintura passou a aparecer em noticiários cinematográficos, caixas de chocolate, postais e até em anúncios publicitários.
Os visitantes começaram a peregrinar ao Louvre apenas para vislumbrar a parede vazia onde antes estava a expressão enigmática da dama do século XVI. Muitos veículos de mídia rapidamente perceberam que a história do furto vendeu jornais e manteve o interesse dos leitores alta, então histórias foram inventadas a fim de preencher as páginas.
Quem era o famoso ladrão da Monalisa?
Vincenzo Peruggia não foi um criminoso um mestre no planejamento e execução de roubos. Na verdade, o Museu do Louvre possui um sistema de segurança que deixou algumas brechas para que o ato fosse realizado. Peruggia, sendo um ex-funcionário do museu na época, conhecia bem o lugar, o que facilitou sua ação.
Apesar do brilho sob os holofotes recebido durante o período do roubo, Peruggia foi rapidamente esquecido, especialmente após o início da Primeira Guerra Mundial em 1914. A Monalisa, por sua vez, continua a atrair milhões de visitantes todos os anos que querem vislumbrar esse icônico retrato e reviver um pouco da história de seu ousado roubo.