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Morte suspeita de Navalny aumenta medo entre opositores de Putin na Rússia

Mortes misteriosas de opositores de Putin continuam com Alexei Navalny; Jornalista russa vive em medo constante

No coração da Rússia, o principal opositor de Putin, Alexei Navalny, se tornou mais um nome em uma lista cada vez maior de opositores que morreram em circunstâncias estranhas. O último registro de Navalny vivo ocorreu um dia antes da sua morte, quando o opositor apareceu online para uma audiência na prisão onde cumpria uma condenação de 19 anos.

Fazendo eco à morte do líder opositor, vive hoje a jornalista russa Elena Kostyuchenko. Ela muda de país mensalmente por temer o mesmo destino do líder opositor. Kostyuchenko é colaboradora do Novaya Gazeta, jornal cujo editor foi laureado com o Nobel da Paz em 2021, e cujo quadro de jornalistas sofreu seis assassinatos na Rússia. “Eu não tenho residência fixa, por questões de segurança”, comentou Elena.

Morte suspeita de Navalny aumenta medo entre opositores de Putin na Rússia
Foto: Oslo Freedom Forum

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Ocorrido com Navalny faz jornalista russa temer por sua vida

A morte de Navalny lembra Kostyuchenko dos riscos que ela corre. Ela já foi vítima de envenenamento na Alemanha, onde estava exilada, e as suspeitas recaíram sobre o governo Putin. “Tinham ordens não para me deter ou prender, mas para me matar”, revela a jornalista.

Quando questionada sobre a decisão de Navalny de retornar para a Rússia após a tentativa de assassinato, mesmo sabendo dos riscos, Elena acredita que “não foi uma escolha”. Segundo ela, Navalny nunca cogitou não retornar para o seu país, mesmo depois de quase ter sido envenenado.

A morte súbita de Navalny

Em janeiro de 2021, Navalny retornou a Rússia, um evento acompanhado por todo o mundo. No desembarque, foi imediatamente detido e transferido de prisão em prisão, chegando finalmente ao presídio chamado “Lobo do Ártico”, onde passou mais de 300 dias na solitária. Sua morte foi descrita pelas autoridades como súbita.

Os aliados de Navalny não confiam na explicação oficial do governo, enquanto o pedido da família para realizar uma investigação independente ainda não foi atendido. No momento, a família ainda luta para recuperar o corpo do líder opositor.

Precisamos de provas legais para afirmar a causa da morte

Em relação a esse cenário, o presidente brasileiro, Lula, comentou pela primeira vez a morte de Navalny. Ele discorda dos Estados Unidos e de países europeus, que responsabilizaram o governo russo pela morte do líder da oposição. Lula diz que é preciso esperar a investigação para saber a verdadeira causa da morte.

O presidente do Brasil argumenta que não há como apressar um julgamento sem evidências concretas. “Precisamos acreditar que os médicos legistas vão dizer a causa da morte, para você fazer o julgamento”, comentou. E completou dizendo: “Para que essa pressa de acusar alguém?”

Fonte: G1

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