Quase 70% das pessoas mortas por letalidade policial em SP são negras
Após os policiais terem começado a usar câmeras nos uniformes no estado de São Paulo, o número de mortos pelos profissionais caiu. Todavia, um estudo recente demonstrou que a maioria de pessoas assassinadas por agentes continua maior entre a população negra.
Os dados foram analisados pela Rede Observatórios de Segurança, que identificou o número de mortes de pessoas negras pelos profissionais da segurança.
Dados demonstram quais os locais em que o número de mortes por letalidade policial a pessoas negras é mais presente
Em 2021, 68,8% das pessoas mortas por letalidade policial eram negras.
Das 209 pessoas mortas em ações policiais no ano passado, 136 eram negras.
Em 2020, o número de pessoas negras mortas por agentes era de 63,5%.
Na capital de São Paulo, o percentual de vítimas negras é alarmante, chegando a 76%.
Ainda, os dados demonstram que 10 cidades com mais mortes por intervenção policial no estado, 7 estão na região metropolitana, entre elas:
– São Paulo: 209 mortes
– Guarulhos: 37 mortes
– Guarujá: 20 mortes
– Osasco: 17 mortes
– Santos: 15 mortes
Ainda segundo especialistas, nem todos os boletins de ocorrência estão registrando a cor da vítima, o que pode aumentar o percentual.
O estudo apontou os bairros que mais registraram esse tipo de morte na capital de São Paulo.
No Jardim São Luís, na Zona Sul, foram 7, seguido por Guaianases, na Zona Leste, que também registrou 7 mortes.
Atrás desses bairros, estão:
– Capão Redondo: 6 mortes
– Iguatemi: 6 mortes
– Vila Andrade: 6 mortes
Fonte: G1
