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Motorista que atropelou e matou pai e filha na Grande SP torna-se réu

Após a prisão do soldado João Victor Aflinis Carvalho, de 19 anos, em 15 de novembro, que atropelou e matou o pai Álvaro Levadinha, de 69 anos, e a filha Jéssica, de 31 anos, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, o MP ofertou denúncia que foi aceita pela justiça nesta quarta-feira, 23 de novembro.

O militar das Forças Armadas foi preso em flagrante e levado para o 2° Batalhão de Polícia do Exército após o atropelamento.

Soldado atropelou pai e filha que treinavam para corrida na capital paulista

O jovem dirigia uma Pajero que invadiu, por volta das 7h, o canteiro central da rodovia Hélio Smidt, próximo à entrada do Terminal 1 do Aeroporto Internacional de São Paulo, e atingiu os corredores amadores que estavam treinando.

João Victor conduzia o veículo mesmo sem ter habilitação e confessou ainda que tinha consumido bebida alcoólica. No entanto, ele se negou a realizar o teste do etilômetro, chamado popularmente de bafômetro.

O soldado primeiro colidiu com um poste de iluminação e em seguida atropelou os corredores amadores. 

Os policiais rodoviários federais que atenderam a ocorrência chegaram ao local e encontraram Álvaro e sua filha Jéssica caídos próximos à Pajero, no canteiro, já sem vida.

Álvaro Gonçalves Levadinha, de 69 anos, e sua filha Jéssica Messias Levadinha, de 31, treinavam para a Corrida de São Silvestre, no fim do ano na capital paulista.

Segundo a Polícia Civil, Jéssica foi lançada a 50 metros de distância do local da colisão. Álvaro também foi arremessado com o impacto. Um tênis, que seria dele, ficou no gramado.

Na análise do recebimento da denúncia, o juiz Rafael Carvalho de Sá Roriz ainda manteve o motorista preso para responder pelo crime de homicídio doloso qualificado, com recurso que dificultou as defesas das vítimas.

O magistrado marcou para 13 de março de 2023, a partir das 13h, a audiência de instrução do caso para decidir se leva João Victor a júri popular. 

Nessa etapa do processo serão ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa. Depois o réu será interrogado. Ele ficou em silêncio na sua audiência de custódia.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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