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Motorista de Porshe que matou condutor de Sandero havia recuperado CNH suspensa há 12 dias

Tragédia no trânsito: Empresário com histórico de infrações protagoniza acidente fatal em São Paulo

Na madrugada de domingo, a cidade de São Paulo testemunhou um grave acidente que resultou na perda de uma vida, colocando novamente em pauta a questão da irresponsabilidade ao volante. Fernando Sastre de Andrade Filho, um empresário de 24 anos, foi o causador desta tragédia ao dirigir seu Porsche em alta velocidade e colidir com o veículo de um motorista de aplicativo na Avenida Salim Farah Maluf, no bairro Tatuapé.

O impacto foi tão violento que resultou na morte instantânea de Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, que estava trabalhando no momento do acidente. Este acontecimento trágico não é um caso isolado na história de Fernando. Registros do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) revelam que o empresário já teve sua habilitação suspensa anteriormente por acumular pontos decorrentes de várias infrações, incluindo excesso de velocidade.

Motorista de Porshe havia recuperado CNH suspensa
Imagem: Divulgação

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CNH suspensa: Uma tragédia anunciada

Fernando Filho, já indiciado pelo homicídio de Ornaldo, teve seu direito de dirigir restabelecido apenas 12 dias antes do infeliz ocorrido. Entre as multas que contribuíram para a suspensão de sua CNH está uma por excesso de velocidade, registrada em 31 de dezembro de 2020, na cidade de Cascavel, Paraná. Após um período de prontuários, o empresário completou um curso de reciclagem para condutores em novembro de 2023 e teve a suspensão de sua licença para dirigir por cinco meses, conseguindo uma nova CNH em 19 de março de 2024.

Após o acidente: condutas questionáveis

A conduta de Fernando Filho e de sua mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, após o acidente foi altamente questionável. A mãe do empresário, sem buscar atendimento médico imediato para o filho, optou por levá-lo para casa, alegando posteriormente ter recebido ameaças não especificadas. A polícia, ao tentar realizar o exame de bafômetro no empresário no Hospital São Luiz, foi surpreendida ao descobrir que ele não havia dado entrada em nenhuma unidade da rede. A liberação do empresário pela polícia militar no local do acidente levantou dúvidas e será objeto de investigação.

Consequências Jurídicas e Reações

Embora o Ministério Público de São Paulo tenha solicitado a prisão temporária de Fernando, a Justiça negou o pedido. Durante o depoimento, o delegado assistente do 30° Distrito Policial, Nelson Vinicius Alves, relatou que o empresário não mostrou arrependimento e usou seu carro como uma arma. Por outro lado, a defesa de Fernando alega que ele não havia consumido bebidas alcoólicas antes de dirigir e está tentando prestar apoio à família da vítima, embora reconheça que “a perda não será reparada”.

Este trágico evento serve como um doloroso lembrete da responsabilidade associada ao ato de dirigir. É essencial que medidas sérias sejam adotadas para evitar que histórias como a de Ornaldo e Fernando se repitam nas ruas e avenidas de nossas cidades.

Redação

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