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MPF abre inquéritos para investigar supostas irregularidades do governo Bolsonaro na proteção de indígenas

A procuradora do Ministério Público Federal (MPF), Luciana Loureiro Oliveira, abriu nesta quarta-feira dois inquéritos civis para investigar supostas irregularidades no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a proteção de comunidades indígenas.

Procuradora do MPF abriu dois inquéritos civis para investigar irregularidades do governo Bolsonaro com a proteção das comunidades indígenas

No início do mês, a Procuradoria Geral da República (PGR) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que enviou à Procuradoria da República no DF um pedido para apurar se o governo Bolsonaro descumpriu decisões do STF que determinaram medidas de proteção aos povos indígenas.

Um dos inquéritos é para apurar possível irregularidade envolvendo a utilização de apenas 44% do orçamento do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH) previsto para 2020, o que pode ter impactado nos programas vinculados às políticas de proteção das populações indígenas e quilombolas.

No caso, o MPF levou em consideração a pendência de diligências e não cabe o arquivamento do procedimento. O outro inquérito é para apurar a possível prática de improbidade administrativa relativa à gestão da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Em 30 de janeiro, o ministro do STF Luís Roberto Barroso determinou que seja investigada a possível participação de autoridades do governo do ex-presidente em crimes contra a comunidade yanomami.

Desde o início do ano, o Supremo apura possíveis indícios de que o governo de Bolsonaro prestou informações falsas à corte sobre a situação dos povos yanomami. A corte mapeia omissões após graves denúncias dos povos originários.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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