NoticiasDireito Penal

MPF instaura inquérito contra Jovem Pan por disseminar fake news e incitar atos antidemocráticos

O MPF-SP (Ministério Público Federal em São Paulo) instaurou na segunda-feira, 9 de janeiro, um inquérito civil para apurar a conduta do grupo Jovem Pan de disseminar fake news e incentivar atos extremistas contra instituições brasileiras. 

A portaria é assinada pelo procurador regional adjunto dos Direitos do Cidadão em São Paulo, Yuri Corrêa da Luz. 

MPF instaura inquérito civil para apurar conduta da Jovem Pan

De acordo com o documento, o grupo de comunicação têm veiculado, sem evidências, conteúdos desinformativos com potencial para minar a confiança dos cidadãos nas instituições brasileiras. 

O documento refere que:

“A Rede Jovem Pan, em vários de seus programas, passou a, partindo da disseminada desconfiança quanto à idoneidade das instituições judiciárias do país e à higidez dos processos democráticos, veicular numerosas falas com potencial para incentivar e mesmo instigar atos antidemocráticos contra elas”

O texto destaca, por exemplo, que, no programa “Os Pingos nos Is”, veiculado em 22 de dezembro, o comentarista Pedro Figueiredo ventilou notícias falsas sobre as eleições e defendeu uma guerra civil no país.

A portaria destaca ainda que, na cobertura dos atos extremistas ocorridos em Brasília no domingo, comentaristas da Jovem Pan minimizaram o acontecido.

O MPF ressaltou também que o Código Brasileiro de Telecomunicações é claro ao prever que a liberdade de radiodifusão não exclui a punição dos que praticarem abusos no seu exercício.

Desta forma, o órgão enviou ofício determinando que o grupo de comunicação forneça, em até 15 dias, informações detalhadas sobre sua programação e os dados pessoais dos apresentadores e comentaristas dos programas “Jovem Pan News”, “Morning Show”, “Os Pingos nos Is”, “Alexandre Garcia”, e “Jovem Pan 3 em 1”.

Confira a portaria aqui.

Fonte: Conjur

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo