MPF solicita a transferência de Adélio, autor de facada em Jair Bolsonaro em 2018
O Ministério Público Federal emitiu parecer concordando com a transferência de Adélio Bispo de Oliveira, acusado de ter esfaqueado Bolsonaro durante campanha eleitoral em 2018, para uma unidade prisional ou de saúde em que ele possa ser tratado.
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O pedido de transferência havia sido feito pela Defensoria Pública da União que alegou que profissionais da penitenciária afirmam que o agressor teve piora no quadro clínico devido à falta de atendimento médico, psicológico e psiquiátrico.
“O risco aumentado à periculosidade está diretamente relacionado a seu quadro psicótico paranoide com delírios persistentes. Um tratamento psiquiátrico adequado, com equipe multidisciplinar, em ambiente hospitalar e com a segurança adequada a que o caso requer, se torna fundamental e indispensável (…). Já houve agravamento do quadro neste período no presídio federal e seu quadro pode ter, a cada tempo que passa sem tratamento adequado, o prognóstico cada vez mais reservado”, relataram os profissionais.
MPF concorda com transferência de Adélio Bispo
Após a Defensoria Pública da União juntar laudos médicos de Adélio com o objetivo de transferi-lo para uma outra unidade prisional ou de saúde, o procurador regional da República Marcos José Gomes Corrêa entrou em contato com o departamento de saúde do presídio em que Adélio está e constatou que não havia psiquiatras nem psicólogos no espaço.
Diante disso, Corrêa se manifestou a favor da transferência e ressaltou:
“É evidente, portanto, a inadequação da estrutura e a insuficiência do quadro de profissionais oferecidos pela Penitenciária Federal de Campo Grande/MS para o tratamento psiquiátrico do agravante, o que torna inafastável a conclusão de que o estabelecimento em questão não é adequado ao cumprimento de medida de segurança.”
Apesar disso, o procurador destacou que em razão da elevada periculosidade do acusado, sua colocação em tratamento ambulatorial seria inadequada, por isso, o membro do MPF pleiteou pela transferência para um hospital de custódia, e enquanto isso não aconteça, Adélio seja mantido em presídio que lhe ofereça assistência adequada, incluindo serviços médicos psiquiátricos, psicológicos.
A justiça ainda não se manifestou sobre o parecer ministerial.
Fonte: Veja