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Caso Muggiati: Raphael Suss Marques é condenado a 31 anos de prisão; réu matou e jogou corpo da fisiculturista pela janela

O médico Raphael Suss Marques foi condenado pelo Tribunal do Júri de Curitiba a 31 anos de prisão pela morte da fisiculturista Renata Muggiati, em 2015. 

O julgamento começou na terça-feira, 8 de fevereiro, e terminou na madrugada de hoje, 10 de fevereiro. A decisão foi lida por volta de 1h30, no Tribunal do Júri, em Curitiba.

Decisão do Tribunal do Júri condenou Raphael a 31 anos de prisão pela morte de fisiculturista

O conselho de sentença acatou a principal tese do Ministério Público, de que Raphael Suss Marques asfixiou e matou a então namorada, e depois jogou o corpo de Renata pela janela do apartamento onde viviam para simular um suicídio.

O médico foi considerado culpado por homicídio quadruplamente qualificado, com as qualificadoras de feminicídio, meio cruel, motivo torpe e recurso que impossibilitou defesa da vítima. 

Ele também foi condenado por lesão corporal e fraude processual.

Somada, a pena alcança 32 anos e quatro meses de prisão, sendo:

– Homicídio qualificado: 31 anos de prisão em regime fechado;

– Fraude processual: 11 meses de detenção em regime aberto;

– Lesão corporal: cinco meses de detenção em regime aberto.

A Justiça também decidiu renovar a prisão preventiva do condenado, que recorrerá na cadeia. 

Suss Marques já estava preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

O crime teve ampla repercussão e o julgamento aconteceu quase oito anos após a morte da fisiculturista.

Para o promotor Marcelo Balzer, “a punição exemplar é o meio de parar com a morte de mulheres”.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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