Mulher dá detalhes arrepiantes sobre crime sexual de ginecologista preso: ‘Me senti um lixo’
Médico ginecologista é acusado de abusar de pacientes
Umas das mulheres que acusa o ginecologista Fábio Guilherme da Silveira Campos de assédio sexual relatou alguns detalhes do atendimento do médico. A vítima, que preferiu não ser identificada, falou com a TV Anhagueira e relatou:
“Eu fiquei incomodada, mesmo assim ele continuou o exame e falava palavras de baixo calão. Foi onde eu me incomodei, ele fez os exames com os dedos, sem nenhum equipamento, e isso me causou um pavor”
A vítima relatou ainda que o ginecologista pediu para que ela ficasse excitada para fazer o exame.
De acordo com a vítima, o caso aconteceu há cerca de 10 anos e a denúncia foi feita na última segunda-feira (24). Com mais esse relato, sobe para 13 o número de vítimas que procuraram as autoridade para denunciar o profissional.
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Ginecologista é agredido por marido de paciente
No final do último mês, o marido de uma das mulheres que denunciou o médico por abuso sexual o procurou e deu um soco em seu rosto. Ainda segundo a mulher, ela relatou ao Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte sobre o caso, mas nada foi feito e, inclusive, ela foi obrigada a se consultar novamente com Fábio.
“Eu me senti um lixo, quando você não tem condição social de escolher o médico que vai te atender, isso te causa um murro na sua cara, você não tem o que fazer e precisa cuidar da sua saúde, o SUS disponibiliza só esse médico, só tem esse, e aí?”
À TV Anhaguera, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse que embora repudie os atos de agressão às pacientes, não é mais possível verificar o que aconteceu, por conta do tempo decorrido do fato.
Após a agressão, Fábio chegou a indagar o motivo do soco, e negou ter abusado da mulher, afirmando que havia apenas realizado o exame de toque, já que ela estava no seu oitavo mês de gestação.
Outras vítimas do ginecologista
Após a repercussão da agressão sofrida pelo ginecologista, outras mulheres começaram a procurar a delegacia para relatar que também haviam sido abusadas sexualmente pelo médico durante as consultas. Sobre as denúncias, a delegada responsável pelo caso relatou:
“No caso de 2014, ela estava na posição ginecológica, ele puxou o corpo dela no sentido do seu e pressionou o órgão genital dele contra o dela. Isso causou um estranhamento, ela já o afastou e encerrou a consulta”, explicou a delegada.
“Enquanto ela estava se vestindo, ele afastava a cadeira dele da consulta para observá-la vestindo a roupa”, completou a delegada.
A delegada relatou ainda casos em que o médico foi acusado de pressionar suas partes íntimas contra as pacientes:
“Ele tocava os seios, pegava a mão delas e colocava no órgão genital dele. Em uma das vezes, ele pediu para a mulher fechar os olhos, pensar em coisas boas e até ejaculou na barriga de uma delas”
O que diz a Secretaria Municipal de Saúde
Procurada para esclarecer o caso, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia emitiu uma nota informando não ter conhecimento de nenhuma conduta que desabone o médico, e que irá apurar os casos.
Fonte: G1