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Mulher mata marido, coloca corpo em freezer e confessa o crime: ‘Queria sair com colegas’

A mulher presa suspeita de matar o marido e guardar o corpo dele em um freezer em Lacerdópolis (SC), Claudia Fernandes, de 40 anos, afirmou que teve uma “sensação de liberdade” após cometer o crime.

“Eu vou agora cumprir minha pena, vou para cadeia, mas eu nunca me senti tão livre. […] Eu sinto que minha filha está mais segura. Não vai ter ninguém impedindo da gente se ver. Sei que vou parar de apanhar, não sei explicar, mas é uma liberdade”.

Mulher que confessou ter matado marido e colocado corpo no freezer relata que ele era agressivo e a ameaçou de morte

Após confessar o crime, a mulher se entregou e afirmou que a vítima, Valdemir Hoeckler, 52, era agressivo e a ameaçou de morte. Ela admitiu que deu remédio para ele dormir e o asfixiou em seguida.

Segundo a suspeita, ela teve “um surto” após o marido a impedir de ir a uma viagem com colegas de trabalho, que seria realizada no último dia 14, a ameaçando de morte em seguida.

“Dei um surto. E pensei: ‘já que alguém vai morrer, que seja você [Valdemir]”, disse.

Na delegacia, Claudia contou que queria sair com as colegas de trabalho para a confraternização de fim de ano em uma pousada de Abdon Batista, na Serra catarinense, mas que quando comunicou o marido, ele a impediu e a ameaçou de morte.

Segundo a mulher, ela já tinha feito um boletim de ocorrência contra Valdemir em 2019, mas voltou atrás por sentir medo e ser ameaçada.

Após prestar depoimento na delegacia quando o homem ainda era considerado desaparecido, ela foi submetida a exame de corpo de delito porque tinha hematomas nos braços, compatíveis com uma agressão.

À reportagem, a defesa da mulher também reforçou a versão de que a violência doméstica sofrida por ela foi a motivadora do assassinato.

“Ela era uma mulher maltratada física e psicologicamente. Por vezes, até violentada de forma sexual. E que para preservar a própria vida, matou. Hoje ela está se entregando à polícia e possivelmente vai ser presa. Mas ela deixa bem claro: nunca se sentiu tão livre”.

A defesa continuou relatando que vai expor tudo que Cláudia passava para a juíza responsável pela causa.

“Vamos colocar todas as circunstâncias para que a juíza da comarca fique sabendo de todo esse cenário de horrores [que ela vivia] e vamos pedir para que a juíza imponha condições para que ela responda esse ato em liberdade”.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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