Mulher é presa por injúria após chamar vítima de ‘macaquinha’
No último domingo, 18 de setembro, uma mulher foi presa em flagrante por injúria após uma confusão no Restaurante Mãe Joana, em Botafogo, Zona Sul do Rio. A mulher teria chamado duas funcionárias do estabelecimento de “macaquinha” e “sapatão” e dizem que o tumulto começou porque a agressora se incomodou ao vê-las comendo.
Camila Berta pagou fiança de R$ 2 mil e vai responder ao processo em liberdade.
A gerente do Restaurante, Lizandra Souza, 27, que registrou o boletim de ocorrência contra Camila, ficou incomodada com a situação.
“Eu espero que ela pague pelo que fez”.
Segundo Lizandra, Daniella, uma outra colaboradora, estava em horário de descanso e fez um prato de comida japonesa, momento em que a confusão começou, visto que Camila ficou incomodada com a funcionária comendo.
Mulher chama funcionária de restaurante de “macaquinha”
A funcionária Daniella relatou que a mulher falou com ela de forma agressiva, após ter visto que ela estava comendo.
“Ela se incomodou porque eu estava comendo na frente dela. E ela falou comigo de forma agressiva. Ela pegou uma peça que era de sushi, cheirou e disse: ‘Nem sei se eu gosto disso’. Uma funcionária questionou por que ela tocou na peça, foi aí que ela falou: ‘A macaquinha me deu’.
Segundo a polícia, testemunhas contaram que Camila já chegou ao local alterada, três horas antes do conflito. Em alguns momentos, a cliente chegou a bater com força em ativos e pertences do restaurante.
Após o acontecimento, Camila foi vaiada e chamada de racista por pessoas que estavam frequentando o restaurante. De acordo com um vídeo gravado, ela fica mais alterada e chama a funcionária para briga, tendo que ser contida por um amigo que estava lhe acompanhando.
O dono do estabelecimento pediu para que ela se retirasse do local, relatando que isso nunca havia acontecido, pois o bar é inclusivo.
Lizandra disse que nunca viveu nada assim e que se sente impotente.
O estabelecimento se posicionou, dizendo que vai lutar até o fim pela defesa de suas funcionárias e que nunca tinha acontecido algo do tipo no local.
“O Mãe Joana é uma casa inclusiva e recebe a todos de braços abertos”.
Mesmo com testemunhas, o caso de homofobia não foi registrado em boletim de ocorrência. O caso foi registrado na 10ª DP (Botafogo) e as partes foram encaminhadas para a 12ª DP (Copacabana).
Fonte: G1