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Mulher trans é morta a tiros no interior de SP e irmã presencia tudo

Na noite de sábado, uma mulher trans de 23 anos e o companheiro dela, de 29 anos, foram mortos a tiros durante uma discussão dentro de um cortiço em Jaboticabal, São Paulo.

Os disparos contra uma pessoa identificada como Bárbara e José William da Silva Jesuino foram realizados por um homem que teria se recusado a pagar por um programa sexual com a travesti, segundo informações da Polícia Militar e de testemunhas.

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Bárbara e José William. Imagem: G1

Os tiros também acabaram atingindo a mãe de Bárbara, que estava presente no local.

A mulher foi encaminhada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas não há informações sobre o estado de saúde dela.

Irmã de mulher trans presenciou o momento em que Bárbara foi morta a tiros

Thiffany, que é irmã da vítima, também identificada como trans, disse que presenciou todo o acontecimento. Ela conta que, após os disparos, a sua primeira reação foi ir para cima dos suspeitos.

“Fiquei muito em pânico, em pânico demais. Minha reação foi tentar ir para cima dele também”.

A jovem conta que as mortes realmente aconteceram porque o homem se recusou a pagar o programa.

“Ele foi fazer um programa com ela, ele não quis pagar o programa que ela estava pedindo. Daí ele puxou a arma, o José William [companheiro de Bárbara] entrou em luta corporal, foi quando começaram os disparos. A Bárbara foi junto ao William, e ele também atirou na Bárbara”.

Policiais militares foram acionados por volta das 20h10 e, quando chegaram ao local, que possui várias casas no mesmo terreno, já encontraram o casal sem vida. Os corpos do casal foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara (SP) para exame necroscópico. 

A Polícia relata que o caso foi registrado como duplo homicídio e lesão corporal pelo 1° Distrito Policial de Jaboticabal.

Até o momento, nenhum suspeito pelas mortes foi preso, tendo em vista que o responsável pelos disparos fugiu do local logo após o ocorrido.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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