Nathan Dunlap e a ‘Chacina de Aurora’; relembre o caso que chocou o mundo em 1993
A trágica Chacina de Aurora em retrospectiva
Resumo do Caso
No dia 14 de dezembro de 1993, a cidade de Aurora, Colorado, EUA, viveu um evento dramático que tornou-se conhecido como a ‘Chacina de Aurora‘. Na ocasião, o jovem Nathan Jerard Dunlap, de 19 anos na época, ex-funcionário do restaurante Chuck E. Cheese, perpetrou um crime que ceifou a vida de quatro pessoas e deixou outra gravemente ferida.
Dunlap foi julgado e condenado por assassinato em primeiro grau, tentativa de homicídio e roubo. Originalmente, sua sentença era a pena de morte, a ser executada em agosto de 2013. Entretanto, mudanças na legislação e decisões judiciais adiaram e posteriormente comutaram sua pena para prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
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Desenrolar dos ataques da chacina de Aurora
Naquela fatídica noite, Dunlap, após consumir um sanduíche de presunto e queijo e jogar no fliperama do restaurante até quase o fechamento, escondeu-se no banheiro. Ao sair, atacou inesperadamente os funcionários presentes utilizando uma pistola semiautomática calibre 25.
Sua primeira vítima foi Sylvia Crowell, de 19 anos, que estava limpando o bar. Benjamin Grant, 17 anos, foi morto enquanto limpava o local. Colleen O’Connor, 17 anos, foi atingida após implorar por sua vida. Marge Kohlberg, 50 anos, a gerente da loja, foi forçada a abrir o cofre e, em seguida, brutalmente assassinada. O único sobrevivente foi Bobby Stephens, 20 anos, que por pouco não foi outra vítima de Dunlap.
Motivação e desdobramentos
A motivação do crime foi, segundo Dunlap, vingar-se de um suposto tratamento injusto que recebeu enquanto era funcionário do local. No entanto, o gerente que o havia demitido não estava presente no restaurante no dia do ataque.
A polícia conseguiu prendê-lo cerca de doze horas depois no apartamento de sua mãe, onde encontraram uma arma semiautomática, seis cartuchos de munição e um par de luvas.
Repercussões legais
As implicações legais do caso foram extensas e ainda hoje são discutidas. Dunlap foi inicialmente condenado à morte por seus crimes. No entanto, após uma série de apelos e mudanças na legislação do estado do Colorado, sua sentença foi comutada para prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional em 23 de março de 2020.
A Chacina de Aurora é, até hoje, um marco trágico na história da cidade, lembrando a todos da necessidade constante de revisão de nossas leis e sistemas de justiça criminal.