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Crime na igreja católica: carta comprova envolvimento de FAMOSO papa com o regime nazista

Papa Pio XII e o conhecimento do Holocausto: uma revisão das evidências

A história do Papa Pio 12 e seu conhecimento acerca das atrocidades do Holocausto tem sido controversa. Recentemente, uma carta que remonta a 14 de dezembro de 1942 trouxe novas luzes para o assunto. Contradizendo a posição defendida pela Santa Sé, o conteúdo do documento sugere que a Igreja Católica possuía, sim, informações detalhadas sobre as atrocidades nazistas.

A carta, encontrada pelo arquivista do Vaticano Giovanni Coco, foi escrita pelo padre jesuíta Lother Koenig, membro da resistência antinazista na Alemanha, para o secretário pessoal do papa, padre Robert Leiber. Esta carta faz referências a três campos nazistas – Belzec, Auschwitz e Dachau – e sugere que haveriam outras correspondências entre Koenig e Leiber ainda não localizadas.

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Imagem: Aventuras na História

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A relevância da descoberta a respeito do Papa

Segundo o arquivista Giovanni Coco, a importância deste documento está no fato de confirmar que a Igreja Católica da Alemanha enviava informações exatas e detalhadas sobre os crimes nazistas contra os judeus ao Papa Pio 12. Isso implica que a Santa Sé tinha ciência de que campos de trabalho eram, na verdade, campos de extermínio.

David Kertzer, historiador americano e autor de vários livros sobre Pio 12 e seu papel na Segunda Guerra, declarou que esta carta traz a luz sobre detalhes de uma macabra rotina das câmaras de gás, onde milhares de judeus eram exterminados diariamente. A informação extraída da carta, por ser apresentada por um arquivista do próprio Vaticano, adiciona um peso significativo às evidências sobre o conhecimento de Pio 12 acerca dos horrores do Holocausto.

Os desafios da Santa Sé

Esta descoberta pode alimentar ainda mais o já acalorado debate sobre o legado de Pio 12 e sua polêmica campanha de beatificação, atualmente suspensa. O documento recém-publicado conserva em si o potencial para desfazer uma crença mantida há anos pelos defensores do Papa, de que ele trabalhou discretamente para ajudar os judeus, e que se manteve em silêncio para não piorar a situação dos católicos na Europa ocupada pelos nazistas. Porém, a evidência que o documento traz mostra uma parcela de conhecimento que, ao menos, questiona a falta de coragem do Papa Pio 12 em revelar as atrocidades nazistas.

Fonte: G1

Redação

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